Segundo autoridade monetária, as reduções na taxa de juros continuarão no ritmo de 0,5 ponto. Também sinalizou que não existe meta definida para o fim do ciclo de cortes
Ao votar pela redução da Selic, taxa básica de juros, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, apresentou o mesmo voto de Ailton de Aquino Santos (Fiscalização) e Gabriel Muricca Galípolo (Política Monetária), diretor do BC indicados pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Outros dois diretores também votaram pela redução de 0,50 ponto percentual. O restante voltou pela queda de 0,25 ponto percentual. "O fato de RCN e Galipolo terem votado juntos evita problemas de conflitos internos da diretoria do BCB na condução da política monetária e alivia pressões sobre o BCB", disse o economista André Perfeito em entrevista ao jornal O Globo.
Segundo o comunicado emitido pelo Copom, as reduções na taxa de juros continuarão no ritmo de 0,5 ponto. A próxima reunião vai acontecer em 20 de setembro. A expectativa é que a Selic vai diminuir meio ponto, para 12,75%. "Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário", disse o comunicado do Banco Central.
No documento, o Copom também sinalizou que não existe uma meta definida para o fim do ciclo de cortes na taxa. Por enquanto, não dá para saber em quantas reuniões haverá cortes. De acordo com previsões que estão no Boletim Focus, a Selic chegará em dezembro em 12% e no final de 2024 em 09,25%. No documento, o Comitê não citou risco fiscal, outro ponto em destaque no texto.
Na semana passada, as agências de classificação de risco Fitch (Estados Unidos) e a DBRS Morningstar (Canadá) subiram a nota de crédito no Brasil. A Petrobrás, uma das principais estatais do País também aumentou a nota de crédito.
Os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) apoiaram a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hofmann (PR), fez cobranças ao dirigente do BC por novas reduções da taxa.
Representantes de entidades do setor produtivo também afirmaram concordar com a diminuição da Selic. A Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) foram alguns exemplos.
Fonte: Brasil 247 com jornal O Globo
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