segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Quem é Javier Milei, extremista de direita que lidera primárias na Argentina

 Milei é admirador de Bolsonaro e Trump e tem como promessas dolarizar a economia, encerrar as operações do Banco Central e acabar com o Ministério da Educação

Javier Milei (Foto: Reuters/Matias Baglietto)

Neste domingo (13), os cidadãos argentinos exerceram seu direito de voto nas eleições primárias obrigatórias. O desfecho deste processo define os postulantes que estarão na corrida presidencial em 23 de outubro. Javier Milei, um candidato extremista de direita, angariou aproximadamente 30% dos votos, destacando-se como o mais bem-sucedido, superando as candidaturas de Patricia Bullrich e Sergio Massa.

Javier Milei, representante do movimento "A Liberdade Avança", emerge como uma figura peculiar, caracterizada como um outsider comprometido em combater as práticas políticas questionáveis na Argentina. Suas promessas incluem a drástica medida de dolarizar a economia, encerrar as operações do Banco Central e acabar com o Ministério da Educação. O "El País" o descreve como um economista ultraliberal, que ostenta a etiqueta de "anarcocapitalista". Milei se posiciona contra o aborto, rejeita as alterações climáticas - classificando-as como uma "farsa" propagada pela esquerda - e demonstra ampla afinidade com a extrema direita representada pelo partido Vox, na Espanha.


O passado de Milei inclui experiências como assessor do general Antonio Bussi, uma figura militar que exerceu o cargo de governador da província de Tucumán durante a ditadura e posteriormente se tornou deputado nacional. Além disso, ele ocupou o cargo de economista-chefe na Fundação Acordar, vinculada ao ex-governador peronista de Buenos Aires, Daniel Scioli. Milei também possui um histórico profissional na administração da maioria dos aeroportos argentinos. Ele se declara admirador de Jair Bolsonaro (PL), sendo frequentemente associado a ele, assim como também demonstra apreço pelo ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.

Em sua vida pessoal, Milei traz uma história marcada por origens humildes. Criado em um ambiente turbulento, filho de um motorista de ônibus que posteriormente se tornou empresário no setor de transporte e de uma dona de casa, Milei enfrentou desafios como vítima de bullying durante seus anos escolares. Em 2018, no auge de sua carreira como apresentador de um talk show televisivo, ele proferiu declarações polêmicas sobre seus pais, disparando: "para mim eles estão mortos".

O político se declara fã da banda Rolling Stones e sua criação foi em grande parte supervisionada por sua avó materna. Apesar das tensões com seus pais, ele mantém um relacionamento próximo com sua irmã Karina, que também desempenha o papel de coordenadora de sua campanha eleitoral.

Fonte: Brasil 247

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