De acordo com o União Brasil, o valor total do fretamento das aeronaves para Sérgio Moro e aliados na campanha de 2022 chegou a R$ 625 mil
O Partido dos Trabalhadores (PT) planeja aproveitar a lista de voos fretados usada por Sergio Moro durante a campanha eleitoral de 2022 para reforçar as acusações de que o ex-juiz federal da operação Lava Jato praticou financiamento ilegal de campanha (caixa 2) e abusado do poder econômico para se tornar senador pelo Paraná, conforme o blog da jornalista Malu Gaspar, do Globo. Segundo o União Brasil, o custo total do fretamento de aeronaves para Moro e seus aliados foi de R$ 625 mil.
Os detalhes dos voos fretados utilizados por Moro e seus associados foram apresentados nesta quarta-feira (30) ao TRE pela filial paranaense do União Brasil, atual partido político do senador eleito em 2022 com 1,9 milhão de votos. O partido apresentou cinco faturas à Justiça Eleitoral, nos valores de R$ 54.333,33, R$ 54.666,66, R$ 52.666,66, R$ 71.000,00, R$ 48.000,00 e R$ 344.666,63. Essas faturas incluíam planos de voo, datas de viagem e lista de passageiros, que incluíam o suplente do senador, o advogado Luis Felipe Cunha, o deputado federal Felipe Francischini (União-PR) e o deputado estadual Ney Leprevost.
Moro utilizou o jato particular para viajar de Curitiba para diversas cidades do Paraná, como Pato Branco, Toledo, Cândido Rondon, e também para São Paulo e Ourinhos (SP), tanto no período eleitoral quanto na pré-campanha, em julho. Como parte de sua argumentação, o PT destacará o fato de a União Brasil ter informado ao TRE que gastou R$ 625 mil em voos em julho e parte de agosto, enquanto a declaração financeira oficial de Moro informava um valor inferior de R$ 425,8 mil para voos realizados entre agosto e setembro. Notadamente, em ambos os períodos, foi utilizada a mesma empresa de fretamento de aeronaves: a Táxi Aéreo Hércules, com sede em Curitiba.
O objetivo do partido do presidente Lula é provocar a cassação do mandato de Moro e iniciar novas eleições. O partido está tão confiante na capacidade de conseguir o afastamento de Moro que já está em disputa interna para definir quem será o candidato para ocupar a potencial vaga – se será Gleisi Hoffmann, Zeca Dirceu ou Roberto Requião. Os processos judiciais contra Moro tramitam no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). Porém, para que ocorra uma nova eleição, Moro deverá primeiro ser cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A previsão é que esse caso chegue ao TSE no próximo ano.
Fonte: Brasil 247
Nenhum comentário:
Postar um comentário