Companhia é a estatal que mais fará investimentos no programa
Agência Petrobras – Na cerimônia de lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, nesta sexta-feira (11), o ministro da Casa Civil, Rui Costa e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, anunciaram que a companhia irá investir R$ 323 bilhões no programa nos próximos quatro anos. Entre diferentes fontes contribuidoras, somente o valor aplicado pela Petrobras equivale a 17% do total de R$1,7 trilhão disponibilizados pelo Novo PAC Desenvolvimento e Sustentabilidade.
“Toda mudança histórica nasce de um sonho, e o sonho do povo brasileiro é de uma vida melhor: com menos desigualdade, com oportunidade de empreender ou conseguir um emprego. As novas gerações querem estabilidade sem ameaça de crise ambiental. Com o PAC, vamos colocar toda a capacidade do Estado a serviço dos sonhos da sociedade, unindo setores para liberar o potencial do Brasil. Nessa nova edição, queremos um crescimento correto e acelerado, mas também sustentável”, afirmou o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, presente no evento.
Além dos aportes da Petrobras, a maior investidora individual, também contribuirão para o fundo do Novo PAC o próprio governo federal, outras estatais, e a iniciativa privada, por meio de parcerias público-privadas e concessões. Os recursos serão usados para concluir obras em todo o país e, em um segundo momento, realizar obras pleiteadas pelos estados e Ministérios, priorizando as de maior impacto econômico.
“As responsabilidades fiscal e ambiental serão um importante pilar do novo programa, mas o social continua sendo nossa prioridade. Acima de tudo o foco é cuidar do social, cuidar de gente, cuidando de todas as responsabilidades ao mesmo tempo”, frisou Rui Costa.
Também estiveram presentes no evento o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entre outras autoridades. Silveira destacou que o Brasil já tem seu trabalho de transição energética reconhecido internacionalmente, assim como a contribuição da Petrobras.
“O mundo nos enxerga - e seremos, com certeza - o grande protagonista das energias limpas e renováveis do planeta, liderando o sul global. Mostramos que é possível equilibrar desenvolvimento econômico com sustentabilidade. Internamente, com o apoio da Petrobras, queremos aumentar a oferta de gás para ajudar o país a se industrializar e, consequentemente, gerar emprego e renda para combater as desigualdades”, disse Alexandre Silveira.
A Petrobras poderá ainda ampliar os investimentos e aplicá-los também em manutenção e recuperação de ativos.
“A contribuição da Petrobras ao PAC é singular, significativa e revigorante. Mostra que estamos de volta: o PAC voltou, a Petrobras voltou, o Brasil voltou. Os R$300 bilhões vão impulsionar 47 projetos nossos – desde a revitalização dos campos e plataformas do pré-sal até a transformação das nossas refinarias em biorrefinarias. Nossa aliança com o PAC é um efeito multiplicador das nossas atividades em todo o país. Reforço, a todos os ministérios, que estamos abertos a apoiá-los, pois a Petrobras tem o senso de responsabilidade, do seu dever, como empresa estatal, de ser parceira do Brasil”, declarou Jean Paul Prates.
O novo PAC irá financiar projetos e obras em nove eixos: transporte eficiente e sustentável; cidades sustentáveis e resilientes; água para todos; educação, ciência e tecnologia; saúde; infraestrutura social inclusiva; transição e segurança energética; inclusão digital e conectividade; e inovação para a indústria da defesa.
Investimentos Petrobras
O Plano Estratégico (PE) 2023-2027 da Petrobras serviu como norteador para eleger os projetos prioritários da companhia que receberão os investimentos do novo PAC. Foram selecionados 47, sendo um deles o fundo de descarbonização, e outros poderão ser incorporados à medida que atingirem maturidade, especialmente após aprovação do novo PE 2024-2028.
Liderando a carteira do PAC estão 19 novos sistemas de produção da Exploração e Produção, abrangendo as bacias de Campos e Santos, e outros dois para o Sergipe Águas Profundas (SEAP). Em relação às novas fronteiras exploratórias em desenvolvimento, estão previstos nove poços pioneiros na Margem Equatorial, no norte do país. Na logística de escoamento da produção, destacam-se o Programa Integrado Rota 3, que irá permitir o escoamento do gás do pré-sal da Bacia de Santos, e o gasoduto de SEAP I e II.
Já o Refino terá foco no aumento do volume e qualidade dos produtos: na RNEST, em Pernambuco, haverá ampliação da capacidade de processamento para 260 mil barris por dia; e na Replan e na Revap, ambas em São Paulo, melhoria do Diesel S-10 produzido.
Há ainda a frente de desenvolvimento de um programa de construção de 25 navios em estaleiros brasileiros. Outros 11 navios para operações de cabotagem de petróleo e derivados serão afretados.
Uma das tendências do Novo PAC e meta atual da Petrobras, no eixo da transição energética está prevista uma planta de biorrefino dedicada à produção de bioquerosene de aviação e diesel renovável, além de coprocessamento de óleo vegetal em outras unidades. A produção de derivados petroquímicos, fertilizantes e combustíveis com menor pegada de carbono ou origem inteiramente renovável também terá vez. Um exemplo prático disso é o reposicionamento que a Petrobras estuda para a Refinaria Riograndense (RPR) como a primeira biorrefinaria do Brasil.
Projetos de descarbonização são outro destaque no portfólio da Petrobras no Novo PAC, inclusive numa visão mais ampla que a produção ou refino. Novos negócios, como hidrogênio sustentável e captura e estocagem de carbono (CCUS), tecnologias inovadoras em ascensão no mercado, também receberão investimentos.
Também foi definido um modelo verde para destinação de 26 plataformas a serem descomissionadas, nos próximos cinco anos, visando sustentabilidade, segurança e cuidado com pessoas e meio ambiente. O objetivo é que a companhia se torne referência global nessa atividade.
Fonte: Brasil 247 com Agência Petrobras
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