Nesta sexta-feira (11), equipes da Polícia Federal estão realizando
buscas em endereços associados ao general do Exército Mauro César Lourena Cid –
pai do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Barbosa Cid.
A Operação Lucas 12:2 foi autorizada pelo Supremo
Tribunal Federal (STF) no âmbito do inquérito sobre milícias digitais, porém
também está relacionada a outro tema ligado ao círculo próximo de Bolsonaro: a
alegada tentativa de comercialização ilegal de presentes oferecidos ao
ex-presidente por delegações estrangeiras.
De acordo com informações da TV Globo e
da GloboNews, os mandados estão sendo cumpridos em Brasília, São Paulo e
Niterói (RJ).
Mauro César Lourena Cid, um general do Exército, foi contemporâneo de
Jair Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) durante os anos
1970.
Durante o governo de Bolsonaro, o militar ocupou um
cargo federal em Miami ligado à Agência Brasileira de Promoção de Exportações e
Investimentos (Apex).
O nome escolhido pela PF faz menção ao versículo bíblico
que diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que
não venha a ser conhecido”
Relatório do Coaf apontava transações atípicas
de R$ 2,5 milhões
Relatórios do Coaf (Conselho de Controle de
Atividades Financeiras) revelaram que Agnes Barbosa Cid e Mauro Cesar Lourena
Cid, pais do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro
(PL), movimentaram cerca de R$ 2,5 milhões em transações atípicas em um
período de 15 meses. O documento foi apresentado à Comissão Parlamentar Mista
de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro.
O material, que está sob sigilo, ainda afirma que
Agnes e Lourena Cid fizeram um envio atípico desses valores para o exterior.
Através destas transações, a Comissão realizou o pedido de quebra do sigilo
bancário, fiscal e de inteligência financeira do casal. Os requerimentos são de
autoria do senador Jorge Kajuru (PSB-GO).
Fonte: DCM
com informações da TV Globo e GloboNews
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