O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF),
citou “risco à vida” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao
determinar a prisão de bolsonaristas investigados em diferentes inquéritos no
Supremo. A informação é do colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles.
O magistrado assinalou a ameaça ao chefe do Executivo,
por exemplo, nas prisões do ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro,
Anderson Torres e dos blogueiros bolsonaristas Bismark Fugazza e Oswaldo
Eustáquio.
Ao determinar a prisão de Eustáquio, Moraes analisou um
pedido feito pela segurança do presidente petista, na época, coordenada por
Andrei Rodrigues. Atualmente, ele chefia a Polícia Federal (PF).
Andrei sinalizou, entre
outros pontos, que o blogueiro bolsonarista se dirigiu a um hotel em que Lula
estava hospedado e, instigando outros manifestantes, entoou o coro: “Se
precisar, a gente acampa. Mas o ladrão não sobe a rampa”.
A segurança de Lula, no
entanto, pediu a prisão preventiva de Eustáquio e ponderou que ele teria incorrido
em ameaça, perseguição, incitação ao crime, associação criminosa e abolição
violenta do Estado Democrático de Direito.
“Atitudes como estas têm levado ao aumento gradativo das hostilidades e
ameaças contra a integridade física do Sr. Presidente e Vice-Presidente
eleitos, de Ministros da Suprema Corte bem como de apoiadores daquele Brasil
afora e, mais recentemente, até mesmo em outros países”, escreveu Andrei
Rodrigues.
Ao atender ao pedido, Moraes
citou “risco à vida” de Lula e afirmou que Eustáquio atuou com objetivo de
“instituir o retorno à Ditadura no Brasil”. Vale destacar que, na semana
passada, o ministro determinou que a PF inclua o blogueiro na lista de
foragidos da Interpol.
Moraes também determinou a
prisão de Bismarck Fugazza por colocar Lula em risco. Após a eleição, o
bolsonarista defendeu que o petista não assumisse o poder. Fugazza, entretanto,
foi solto em junho após quase três meses preso.
No caso da prisão de
Anderson Torres, moraes também citou ameaça à vida de Lula. O comportamento de
Torres é “gravíssimo” e “pode colocar em risco, inclusive, a vida do presidente
da República, dos deputados federais e senadores e dos ministros do Supremo
Tribunal Federal”, assinalou Moraes.
Fonte: DCM informações
do colunista Paulo Cappelli do Metrópoles
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