quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Jandira denuncia Jair e Michelle por recebimento de pedras preciosas e defende convocação e quebras de sigilo

 Dados da ABIN apontam que Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro teriam recebido presentes não registrados na lista oficial de itens recebidos durante o mandato do ex-presidente

Jandira Feghali, Mauro Cid, Jair Bolsonaro e Michelle (Foto: Will Shutter/Agência Câmara I Reuters | Isac Nóbrega/PR)

Em uma sessão marcante da CPMI dos Atos Golpistas, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) trouxe à tona uma revelação de extrema gravidade. Segundo informações obtidas junto à Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), no dia 26 de outubro de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro teriam recebido, respectivamente, um envelope e uma caixa contendo pedras preciosas. Esses presentes, entretanto, não constam na lista oficial de 46 páginas e 1.055 itens recebidos durante o mandato de Bolsonaro, o que levanta sérias suspeitas sobre sua natureza e origem.


De acordo com documentos analisados pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), auxiliares do ex-presidente teriam se comunicado por e-mail sobre a necessidade de não cadastrar as pedras preciosas oficialmente, mas entregá-las diretamente ao tenente-coronel Mauro Cid, que atuava como ajudante de ordens e braço direito de Bolsonaro. Essa ação suscita questionamentos sobre possíveis irregularidades e a motivação para a ocultação dos presentes das listas oficiais.

A revelação da deputada Jandira Feghali levanta preocupações acerca da possível quebra de protocolos oficiais e suscita a necessidade de aprofundar as investigações. A CPMI dos Atos Golpistas precisa agora analisar a legalidade dessas transações e avaliar se a omissão dessas informações na lista oficial de presentes recebidos pelo ex-presidente caracteriza uma violação das regras de transparência e ética no exercício do mandato.

Diante dessa grave denúncia, a deputada propôs que sejam tomadas medidas urgentes para esclarecer a situação. Entre as ações sugeridas estão a convocação e a quebra de sigilo bancário do ex-presidente Jair Bolsonaro e de sua esposa, Michelle Bolsonaro, bem como de outros auxiliares do governo. Além disso, Jandira Feghali defende a necessidade de uma nova oitiva do tenente-coronel Mauro Cid, cujas movimentações milionárias em suas contas bancárias levantam questionamentos sobre a compatibilidade com o salário recebido. Confira:


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