Investigações contradizem versão de Anderson Torres sobre visita a superintendência da PF

 A Diretoria de Inteligência Policial da PF, em Brasília, o ex-ministro mentiu sobre o motivo de uma viagem feita à Bahia antes do segundo turno da eleição presidencial

Anderson Torres (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Investigadores da Diretoria de Inteligência Policial da Polícia Federal (DIP), em Brasília (DF), apontaram que o ex-ministro da Justiça Anderson Torres mentiu sobre o motivo de uma viagem feita à Bahia pouco antes do segundo turno da eleição presidencial, no ano passado. Ele afirmou que o objetivo era visitar uma sede da PF em Salvador, capital baiana, mas, de acordo com o DIP, o ex-titular da Justiça foi tratar de segurança reforçada no dia do pleito. A informação foi publicada no portal G1. O ex-ministro foi questionado nesta terça-feira (8) na Comissão Parlamentar de Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas sobre a viagem.

Quando aconteceram os atos golpistas, em 8 de janeiro, em Brasília (DF), Torres era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. O ex-dirigente é investigado pelo Supremo Tribunal Federal por suposta omissão na montagem do esquema de segurança no dia das manifestações terroristas. Ele ficou preso por cerca de quatro meses, mas foi solto por ordem do ministro Alexandre de Moraes, que impôs o uso de tornozeleira eletrônica.

De acordo com as investigações, o encontro de Torres com autoridades da PF ocorreu no dia 25 de outubro, na então sede provisória da PF da Bahia, à época em prédio alugado. Compareceram à reunião o então diretor-geral da PF, Delegado Márcio Nunes de Oliveira, e o Brigadeiro Antônio Ramírez Lorenzo, que ocupava cargo de Secretário-Executivo do Ministério da Justiça. Na PF baiana, três delegados que integravam a cúpula da corporação recepcionaram os superiores: o então superintendente regional, Leandro Almada, e dois de seus auxiliares mais próximos, Flavio Albergaria e Marcelo Werner.

Fonte: Brasil 247 com informações do portal G1