A Polícia Federal colheu o depoimento de mais de 80 militares das Forças Armadas
Policiais federais devem apontar a participação parcial de militares nas manifestações golpistas do 8 de janeiro, quando apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF). De acordo com investigadores da PF, integrantes das Forças Armadas também não tiveram iniciativa para desmontar o acampamento em frente ao quartel-general do Exército após as eleições. A Polícia Federal colheu o depoimento de mais de 80 militares das Forças Armadas - incluindo ao menos quatro generais.
A PF apontou materiais apreendidos no celular do tenente-coronel Mauro Cid, principal ajudante de ordens de Bolsonaro, mostrou uma reportagem da Folha de S.Paulo. A minuta para um golpe de Estado no País com a decretação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) encontrada no celular do militar previa estado de sítio "dentro das quatro linhas" da Constituição.
O resultado é diferente da apuração feita pelo Exército. A instituição livrou as tropas de culpa e apontou "indícios de responsabilidade" da Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
As conversas aconteceram em um grupo de WhatsApp intitulado "Dosssss!!!", composto por oficiais superiores da ativa. Dos 12 militares presentes no grupo, 6 eram coronéis e tenentes-coronéis formados pela Aman (Academia Militar das Agulhas Negras) entre 1993 e 2000, e ocupavam, ao menos até junho, cargos de comando e assessoria parlamentar do Exército.
As mensagens, que foram incluídas num relatório preliminar da PF, são de 27 de novembro de 2022 a 4 de janeiro de 2023.
Fonte: Brasil 247 com reportagem da Folha de S. Paulo
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