Ao ministro do STF, investigadores disseram que Silvinei estaria constrangendo testemunhas. Argumento justificou a prisão do ex-PRF
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) destacou na ordem de prisão preventiva de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que a conduta seguida pela Polícia Federal é classificada como "ilícita e de extrema gravidade". Segundo o magistrado, houve indícios de “uso irregular da máquina pública com objetivo de interferir no processo eleitoral”
"A conduta do investigado, narrada pela Polícia Federal, revela-se ilícita e gravíssima pois são apontados elementos indicativos do uso irregular da máquina pública com objetivo de interferir no processo eleitoral, via direcionamento tendencioso de recursos humanos e materiais com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores", diz Moraes no documento.
De acordo com reportagem do jornalista Valdo Cruz, a ordem de prisão, executada na manhã desta quarta-feira (9), baseia-se nos argumentos apresentados pela Polícia Federal, que sustentam a importância da detenção de Vasques para garantir a continuidade do inquérito. De acordo com os documentos, ao menos dois servidores que ocuparam cargos de direção na PRF durante a gestão de Vasques receberam depoimentos nos quais indicaram temer o ex-diretor-geral da corporação.
"[...] Naralúcia Leite Dias (então Chefe do Serviço de Análise de Inteligência da PRF) e Adiel Pereira Alcântara (então Coordenador de Análise de Inteligência da PRF), que aparentemente faltaram com a verdade ao prestar depoimento, conforme já relatado, indicando a presença de temor reverencial em relação à pessoa de Silvinei Vasques, a comprovar que, em liberdade, teria poder de influenciar no depoimento de eventuais testemunhas", diz Moraes ao narrar as conclusões da PF.
Fonte: Brasil 247 com reportagem do jronalista Valdo Cruz
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