Anúncio foi feito pelo ministro Flávio Dino. Genivaldo morreu após ter sido trancado no porta-malas de uma viatura e ser submetido à inalação de gás lacrimogêneo em maio de 2022
O governo federal exonerou os três agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que participaram do assassinato de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, durante uma abordagem na BR-101 em Umbaúba (SE). O anúncio foi feito pelo ministro da Justiça Flávio Dino.
"Estou assinando a demissão de 3 policiais rodoviários federais que, em 2022, causaram ilegalmente a morte do Sr. Genivaldo, em Sergipe, quando da execução de fiscalização de trânsito. Não queremos que policiais morram em confrontos ou ilegalmente matem pessoas", afirmou o ministro Flávio Dino.
"Estamos trabalhando com Estados, a sociedade civil e as corporações para apoiar os bons procedimentos e afastar aqueles que não cumprem a Lei, melhorando a Segurança de todos. Determinei a revisão da doutrina e dos manuais de procedimentos da Polícia Rodoviária Federal, para aprimorar tais instrumentos, eliminando eventuais falhas e lacunas", acrescentou.
Os agentes William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento estão presos desde o dia 14 de outubro, após se apresentarem voluntariamente à Polícia Federal (PF). Eles são acusados pelos crimes de tortura e homicídio triplamente qualificado.
O sergipano Genivaldo, que tinha esquizofrenia, morreu após ter sido trancado no porta-malas de uma viatura e ser submetido à inalação de gás lacrimogêneo no dia 25 de maio de 2022. A ação que foi gravada por testemunhas teve repercussão internacional, após a ONU pedir agilidade na investigação.Os policiais
A perícia feita pela Polícia Federal durante as investigações concluiu que a vítima passou 11 minutos e 27 segundos em meio a gases tóxicos, dentro de um lugar minúsculo e sem poder sair da viatura estacionada. Com a detonação do gás lacrimogêneo, houve a liberação de gases tóxicos, como o monóxido de carbono e o ácido sulfídrico. Os peritos atestaram que a concentração de monóxido de carbono foi pequena, mas a de ácido sulfídrico foi bem maior, e pode ter causado convulsões e incapacidade de respirar.
Segundo a perícia, o esforço físico intenso e o estresse da abordagem aceleraram a respiração de Genivaldo, e isso pode ter potencializado ainda mais os efeitos tóxicos dos gases. A perícia constatou qe os gases causaram um colapso nos pulmões de Genivaldo.
Fonte: Brasil 247 com informações do g1
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