sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Gleisi detona Campos Neto por propor o fim das compras parceladas no cartão de crédito

 Segundo Gleisi, na condição de "campeão mundial de juros altos", Campos Neto não tem autoridade moral nem técnica para propor mudanças no cartão de crédito dos brasileiros

Gleisi Hoffmann e Roberto Campos Neto (Foto: ABr)

A deputada Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, criticou nesta sexta-feira (11) o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, por defender o fim das compras parceladas sem juros no cartão de crédito. Pelas redes sociais, Gleisi afirmou que, na condição de "campeão mundial de juros altos", Campos Neto não tem autoridade moral nem técnica para propor mudanças no cartão de crédito dos brasileiros.

"Logo ele, que tanto fez e segue fazendo para destruir o crédito e o investimento no país. Todos sabem que é abusiva a taxa do rotativo, mas proibir o parcelamento, como quer o presidente BC, é excluir do consumo a imensa maioria da população. Muita atenção a essa proposta cara de pau, que tem potencial para envenenar de vez a economia e o crescimento do país", afirmou a presidente do PT.


A defesa de Campos Neto do fim das compras parceladas sem juros foi feita nessa quinta-feira (10) durante audiência pública no Senado. Na ocasião ele também defendeu o fim da taxa de juros do rotativo do cartão de crédito. Após a repercussão, o indicado de Jair Bolsonaro para a presidência do BC afirmou que tomou um "puxão de orelha" após ter indicado na véspera que essa modalidade de crédito poderá ser extinta. Em evento promovido pela Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), Campos Neto disse que a medida está sendo elaborada em conjunto com o Ministério da Fazenda, voltando a defender também uma limitação nos parcelamentos sem juros do cartão.

O sistema de financiamento por cartão de crédito permite que os consumidores possam parcelar compras em até 13 vezes sem juros, enquanto o rotativo ocorre quando o cliente joga parte do valor da fatura para a dívida do próximo mês. A modalidade de crédito cobra uma taxa que pode chegar a 440% ao ano, equivalente a 15% ao mês, segundo o BC.



Nenhum comentário:

Postar um comentário