terça-feira, 1 de agosto de 2023

Empresário ligado a Jair Renan é investigado por financiar bloqueio de rodovias após derrota de Bolsonaro nas urnas

Emílio Dalçóquio Neto tem sido uma espécie de 'padrinho político' do caçula de Jair Bolsonaro e participado frequentemente de suas agendas políticas

Jair Renan Bolsonaro, Emílio Dalçóquio Neto e Zé Trovão (Foto: Reprodução)

Emílio Dalçóquio Neto, empresário que tem sido frequente nas agendas políticas de Jair Renan Bolsonaro, filho caçula de Jair Bolsonaro (PL), está sob acusação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) por suposto financiamento de bloqueios em rodovias após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas. De acordo com a PRF, Dalçóquio é apontado como um dos financiadores dos bloqueios antidemocráticos, informa o jornal O Globo. A investigação foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF).


Atualmente, o empresário tem acompanhado Jair Renan em suas atividades políticas e articulações para uma possível candidatura a vereador em Balneário Camboriú (SC) no próximo ano. No dia 30 de outubro do ano passado, pouco após o resultado oficial da eleição, Dalçóquio discursou bolsonaristas em Itajaí, Santa Catarina: "agora vai ficar no coração de cada um aceitar o Brasil ser comunista ou não. Eu não aceito. Saiam daqui e vão defender o Brasil também, é isso que nós esperamos".

O empresário já esteve envolvido em polêmicas anteriormente. Durante a campanha de reeleição de Bolsonaro, recebeu-o em Balneário Camboriú. Em 2018, foi alvo de investigação pelo Ministério Público Federal devido à greve dos caminhoneiros. As denúncias, que foram arquivadas, acusavam Emílio Dalçóquio de coação e atentado contra a liberdade de trabalho da categoria. Natural de Itajaí, o empresário é herdeiro da transportadora Dalçoquio, uma das maiores do estado, contando com uma frota de mais de 600 caminhões.

Em 2019, fundou o Instituto Lux, uma associação suprapartidária que defende "ideias conservadoras pautadas no bem-estar do indivíduo, da família e da pátria". Procurado pelo jornal, Emílio Dalçóquio não retornou. Na época dos bloqueios em rodovias, ele afirmou em suas redes sociais que não estava envolvido com os protestos e que sua manifestação política ocorreu de maneira pacífica.

Outra polêmica que envolveu o empresário aconteceu após uma entrevista no Miranda Podcast, em março de 2022, antes da derrota de Bolsonaro. Na ocasião, Dalçóquio afirmou que Adolf Hitler estava "defendendo a Alemanha dele", mas se defendeu dizendo que não era nazista, apenas realista. 

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

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