O parlamentar Gilvan da Federal (PL-ES) resolveu citar o presidente Lula para defender Silvinei Vasques, aliado de Bolsonaro e preso em operação da PF
Deputados federais criaram nesta quarta-feira (9) a Frente Parlamentar em Defesa da Polícia Rodoviária Federal (PRF) após o ex-diretor-geral da instituição Silvinei Vasques ser preso por suspeita de interferência nas eleições de 2022. Parlamentares apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) defenderam o ex-diretor. Os relatos dos parlamentares foram publicados na coluna Painel. O deputado Gilvan da Federal (PL-ES) afirmou que Silvinei era atacado por associação com Bolsonaro, enquanto o atual diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, "foi chefe de segurança do presidente Lula". "Se o diretor apoia esse ou aquele político, não pode afetar a instituição", disse.
A Polícia Federal ainda não indiciou o ex-diretor, mas tem provas de que operações de policiais rodoviários federais aconteceram para prejudicar o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no ano passado. Mensagens de um servidor da PRF revelaram argumentos favoráveis ao "policiamento direcionado" por Vasques. Em relatório enviado à Controladoria-Geral da União, o Ministério da Justiça apontou que, entre 28 e 30 de outubro, a PRF fiscalizou 2.185 ônibus no Nordeste. No mesmo período, foram 893, no Centro-Oeste; 571 ônibus no Sudeste; 632, no Sul; e 310, no Norte.
O parlamentar Gilvan da Federal continuou defendendo Vasques. "Quanto à prisão dele, o próprio ministro Alexandre de Moraes (STF) disse que não houve qualquer tipo de prejuízo nas eleições no segundo turno, e ele está sendo acusado por ter usado a PRF para dificultar as eleições". Mas, de acordo com o ministro do Supremo, "a conduta do investigado, narrada pela Polícia Federal, revela-se ilícita e gravíssima".
O parlamentar também defendeu reajuste salarial a policiais rodoviários federais. "Salário é importante, vamos lutar por isso, mas não adianta um PRF ganhar R$ 20 mil e perder o emprego porque, no estrito cumprimento do dever legal, matou um criminoso".
Fonte: Brasil 247 com a coluna Painel
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