Hacker diz que a ideia era um criar um código-fonte "fake" para enganar a população, mostrando que seria possível "apertar um voto e sair outro"
Em depoimento à CPMI dos Atos Golpistas nesta quinta-feira (17), o hacker Walter Delgatti Neto afirmou que o marqueteiro da última campanha presidencial de Jair Bolsonaro (PL), Duda Lima, queria que o hacker criasse um código 'fake' para uma urna eletrônica com o objetivo de enganar a população e desacreditar o processo eleitoral brasileiro. Posteriormente, Bolsonaro teria dado aval para o plano.
Segundo ele, o objetivo era fazer uma apresentação no 7 de setembro mostrando que seria possível inserir um voto na urna eletrônica e o equipamento contabilizar uma informação diferente. "O Duda inicialmente disse que o ideal seria eu fazer uma reunião com a esquerda e de forma espontânea falar das urnas, falar da fragilidade das urnas. Não ocorreu porque o meu encontro saiu na mídia e eles cancelaram isso. A segunda ideia era no dia 7 de setembro eles pegarem uma urna emprestada da OAB e que eu colocasse um aplicativo meu lá e mostrasse à população que é possível apertar um voto e sair outro. O código-fonte da urna, eu faria o meu, só mostrando, a população vendo que é possível apertar um voto e imprimir outro".
"O código-fonte é o código em si, aberto, tem diversos arquivos. E compilados eles viram apenas um, que é o que estava nas urnas. E quem tem acesso ao código-fonte antes de compila-lo consegue inserir linhas que façam com que seja apertado um voto e o resultado seja outro. Eles queriam que eu fizesse um código fonte meu, não o do TSE, e nesse código-fonte eu inserisse essas linhas, que chamam de código malicioso, porque ele tem como finalidade enganar, colocar dúvidas na eleição", explicou.
Fonte: Brasil 247
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