A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito
(CPMI) do 8 de janeiro ouve, nesta terça-feira (15), às 9h, o fotógrafo Adriano
Machado, que trabalhou na cobertura das invasões às sedes dos Três Poderes.
A convocação foi feita a pedido de
parlamentares da CPMI que fazem oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da
Silva (PT). O argumento desses congressistas é que Machado foi filmado
confraternizando com manifestantes.
A afirmação tem como base vídeos registrados
no dia 8 de janeiro divulgados pela CNN,
nos quais Machado aparece em meio aos invasores quando estes arrombam a porta
que dá acesso à antessala do Gabinete da Presidência.
O pedido para a convocação de Machado
foi encabeçado pelos deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Carlos Sampaio
(PSDB-SP), Delegado Ramagem (PL-RJ) e os senadores Izalci Lucas (PSDB-DF),
Marcos do Val (Podemos-ES), Eduardo Girão (Novo-CE) e Magno Malta (PL-ES).
“Neste vídeo, ele aparece em companhia
de manifestantes fazendo fotos flagrantemente planejadas e coreografadas, no
interior do Palácio do Planalto, demonstrando familiaridade com aqueles que se
encontravam no ambiente, além de estar protegido por aqueles que o
acompanhavam, como se tudo estivesse combinado”, diz Girão no seu requerimento.
Parlamentares do governo foram
contrários à convocação, assim como entidades jornalísticas, alegando
perseguição e intimidação ao profissional de imprensa.
No começo de agosto, quando a convocação foi
votada na CPMI, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a Federação
Nacional dos Jornalistas (Fenaj) divulgaram um documento repudiando a
convocação de Machado.
“A convocação deve ser entendida como
uma tentativa de intimidar e constranger não apenas Machado, mas também todos
os demais repórteres – fotográficos ou não – que deveriam receber dos políticos
e governantes garantias para o pleno exercício profissional.”, declararam ABI e
Fenaj em nota.
As entidades também afirmaram que os
congressistas “ignoram que Machado foi intimidado e ameaçado pelos terroristas”
que participaram dos atos do 8 de janeiro.
Fonte: CNN
Brasil
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