As contas gerenciadas por Mauro Cid, atuando como procurador de Bolsonaro, receberam um montante total de R$ 1,1 milhão ao longo de três anos
Relatórios entregues à Comissão Parlamentar Mista de Inqúerito (CPMI) dos atos golpistas mostram que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, administrou R$ 2,4 milhões como procurador das contas de seu ex-chefe. Os documentos foram gerados a partir da quebra de sigilo bancário de Cid e produzidos pela Secretaria Especial de Receita Federal do Ministério da Fazenda. As informações foram publicadas em O Estado de S. Paulo.
Nesse contexto, o mês que registrou a maior quantia de depósitos foi fevereiro de 2020, quando ingressaram R$ 119 mil. As contas gerenciadas por Mauro Cid, atuando como procurador de Bolsonaro, receberam um montante total de R$ 1,1 milhão ao longo de três anos. Adicionalmente, constam registros de débitos no valor de R$ 1,2 milhão.
Ao todo, em três anos, Cid movimentou R$ 8,4 milhões. Entre 2020 e 2022, foram depositados em suas contas R$ 4,5 milhões e saíram R$ 3,8 milhões. Entre maio e agosto de 2022, período que antecedeu as eleições presidenciais, Cid recebeu R$ 1,2 milhão em suas contas. Ele declarou à Receita Federal ter rendimentos tributáveis de em média R$ 318 mil reais por ano.
Desde maio, Mauro Cid encontra-se detido sob suspeita de participação em uma alegada fraude relacionada aos cartões de vacinação contra a Covid-19, incluindo o do próprio Bolsonaro. A situação do militar, no entanto, agravou-se consideravelmente com a operação conduzida pela Polícia Federal na semana passada, que teve por objetivo investigar a possível apropriação indevida de presentes recebidos durante viagens oficiais pelo governo do ex-capitão.
Fonte: Brasil 247 com jornal O Estado de S. Paulo
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