Anderson Torres, ex-ministro da Justiça
do governo Jair Bolsonaro (PL), vai depor à Comissão Parlamentar Mista de
Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro nesta terça-feira (8). Por decisão do ministro
Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ele tem o direito ao
silêncio garantido.
Torres terá que enfrentar questionamentos que incluem seu apoio às
investidas bolsonaristas contra as urnas
eletrônicas, a atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no segundo turno da eleição
presidencial e a minuta golpista encontrada pela Polícia Federal (PF)
em sua casa.
Inicialmente, o
bolsonarista prestaria esclarecimentos à comissão como testemunha, mas o
advogado dele, Eumar Novacki, entrou com pedido no STF para que o ex-ministro
pudesse falar na condição de “investigado”. O intuito foi de conseguir o
direito constitucional ao silêncio.
Foi pedido ainda que Torres pudesse
depor sem tornozeleira e que não houvesse descumprimento de cautelares, caso
ele encontrasse ou chegasse perto dos senadores Flávio Bolsonaro (PL) e Marcos
do Val (Podemos). A informação é do Metrópoles.
Segundo a defesa de Torres, ele pretende responder às perguntas dos
parlamentares, diferentemente do tenente-coronel Mauro Cid, que foi à CPMI, se
calou durante mais de sete horas e se recusou a responder perguntas em mais de
40 ocasiões.
A estratégia do simpatizante do ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL) ao responder as perguntas pertinentes aos atos terroristas
promovidos por bolsonaristas em Brasília, no dia 8 de janeiro, é de manter os posicionamentos
explicados em depoimentos à PF e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O mesmo
deve ocorrer no caso da minuta golpista.
Torres foi preso por determinação de
Moraes. Ele foi mantido em preventiva no Batalhão de Aviação Operacional
(Bavop) da Polícia Militar do Distrito Federal, no Guará 2, em Brasília. A
prisão durou cerca de quatro meses. Ele ficou detido desde 14 de janeiro e foi
solto em 11 de maio, também por decisão do magistrado.
Fonte: DCM
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