O Governo do Paraná indicou para o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), apresentado pelo governo federal nesta sexta-feira (11), uma série de novas obras de infraestrutura e logística. Além delas, serão contempladas áreas como educação e saúde. Juntos, os investimentos somam R$ 107,2 bilhões.
O Governo do Paraná indicou para o novo Programa de Aceleração
do Crescimento (PAC), apresentado pelo governo federal nesta sexta-feira
(11), uma série de novas obras de infraestrutura e logística. Além delas,
serão contempladas áreas como educação e saúde. Juntos, os investimentos somam
R$ 107,2 bilhões, segundo a União. A relação completa dos projetos contempladas
está disponível no Portal
do Novo PAC.
As principais obras foram definidas após um estudo técnico
realizado pelo Estado, através da Secretaria de Infraestrutura e Logística, e
que foi usado para definir as linhas de atuação prioritárias. São recursos que
melhorarão e ampliarão a estrutura das rodovias, ferrovias, portos e
aeroportos, tendo como as principais intervenções a Nova Ferroeste, o segundo
lote da Estrada Boiadeira e o Contorno de Guaíra.
Outras ações indicadas pelo Estado incluem a ampliação da
capacidade da BR-476, em União da Vitória; a implantação da BR-153, conhecida
como Transbrasiliana, entre Alto do Amparo e Imbituva; e a ampliação da sua
capacidade entre Imbituva e Paulo Frontin; além do Estudo de Viabilidade
Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) para a implantação da BR-101 no Paraná.
No âmbito aeroviário, o Aeroporto de Ponta Grossa, nos
Campos Gerais, terá a sua pista de pouso e decolagem ampliada, servindo como
alternativa para voos quando o Aeroporto de Curitiba estiver fechado. Em
Maringá, na região Noroeste, o aeroporto receberá melhorias no terminal de
passageiros e torre de controle de tráfego aéreo.
As obras do PAC complementam um pacote de R$
3,4 bilhões em obras que estão em execução ou planejamento
por iniciativa do próprio executivo estadual e que foram anunciadas pelo
governador Carlos Massa Ratinho Junior em fevereiro. Dentro desta linha, também
estão os seis lotes das novas concessões rodoviárias, que preveem investimentos
de R$ 50 bilhões nos próximos anos e cujos leilões dois primeiros lotes estão
marcados para 25
de agosto e 29
de setembro.
NOVA FERROESTE – O
novo corredor de exportação férreo vai ligar o Porto de Paranaguá à Maracaju,
no Mato Grosso do Sul, com ramais até Chapecó, em Santa Catarina, e Foz do
Iguaçu, na fronteira com Paraguai e Argentina, com um total de 1.567
quilômetros de trilhos, passando por 66 municípios. O projeto está na fase de
licenciamento ambiental pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Construída durante a década de 1990, a Ferroeste opera no
trecho de 248 quilômetros entre Cascavel e Guarapuava, município onde se
conecta à Malha Sul. Atualmente, um contêiner refrigerado que sai de Cascavel
pode levar até cinco dias de viagem para chegar ao Litoral, tempo que deverá
ser reduzido para 20 horas no novo modelo, inclusive com uma nova descida na
Serra do Mar. O vencedor do leilão vai executar as obras e operar a malha
ferroviária por 99 anos.
ESTRADA
BOIADEIRA – Aguardada por décadas pela
população, a pavimentação completa da Estrada da Boiadeira (BR-487) é
considerada uma das mais importantes obras rodoviárias do Paraná, pela conexão
com o Mato Grosso do Sul e países vizinhos. A nova modernização irá facilitar,
agilizar e baratear a ligação com mercados produtores e consumidores.
O primeiro lote da obra é fruto de uma conquista do
governador Ratinho Junior no primeiro ano da gestão. Ele recebeu um
investimento de R$ 281 milhões, com recursos bancados pela Itaipu, ligando o
distrito de Porto Camargo, no município de Icaraíma, na divisa com o Mato
Grosso do Sul, até o distrito de Dourados, em Umuarama, com 47 quilômetros de
extensão.
A segunda etapa, anunciada agora, fará a ligação entre a
Serra dos Dourados e Cruzeiro do Oeste, conectando-a com o lote 1 da obra e um
trecho já existente que vai até Campo Mourão. A rota faz parte do projeto
rodoviário do Corredor Bioceânico, sonho antigo dos países do Mercosul de ligar
os oceanos Atlântico e Pacífico através de um corredor rodoviário, desde os
portos brasileiros de Paranaguá e Santos, aos portos do norte do Chile,
atravessando também o Paraguai e a Argentina.
CONTORNO E PONTE DE GUAÍRA – O contorno de Guaíra terá 4,6 quilômetros de extensão, ligando
o acesso ao Mato Grosso do Sul pela BR-163 à BR-272, que faz ligação com
Umuarama. A obra receberá investimento de R$ 65,8 milhões, incluindo recursos
do Tesouro Estadual. Trata-se de uma reivindicação antiga da população de
Guaíra e região, que enfrenta problemas no trânsito e dificuldades de
manutenção dos trechos urbanos da BR-163, onde há fluxo intenso de caminhões. O
tráfego será canalizado numa via de pista dupla que vai da BR-163 à BR-272.
De forma complementar, a Ponte Ayrton Senna, que liga o
Paraná ao Mato Grosso do Sul através de Guaíra, também será restaurada e
modernizada. As obras vão focar na parte estrutural da ponte, em nova
pavimentação, melhorias na drenagem e novo sistema de iluminação pública em LED
em uma extensão de 4,7 quilômetros.
PORTOS – O novo PAC também lista uma série de arrendamentos já
planejados e conduzidos pela Portos do Paraná, com a delegação de gestão
inédita recebida pela empresa, a serem ofertados para a iniciativa privada,
aumentando a capacidade de movimentação de cargas no Porto de Paranaguá. A
iniciativa deve ser diretamente impactada pela Nova Ferroeste e pelo Moegão, projeto
conduzido pelo Governo do Estado e que receberá R$ 592 milhões do Governo do
Estado.
Em 7 de agosto, o governador esteve em Paranaguá para
receber o projeto executivo elaborado pelo consórcio contratado, que também
executará as obras em um cronograma de 20 meses. Com um ganho de eficiência de
63% da capacidade de descarga dos trens no Porto de Paranaguá, o Moegão é a
maior intervenção portuária do Brasil em andamento.
OUTROS
INVESTIMENTOS – Durante o anúncio,
a União também confirmou novos investimentos para as áreas da saúde, educação,
ciência, tecnologia e inclusão digital que serão direcionados ao Paraná. As
áreas receberão um aporte de R$ 30,1 bilhões.
A maior fatia, de R$ 21,1 bilhões, será para a construção
de creches e escolas de tempo integral e a expansão e modernização dos
Institutos e Universidades Federais instalados no Estado. Além de melhorar e
ampliar a infraestrutura o objetivo é impulsionar a permanência dos estudantes
nas escolas, a alfabetização na idade certa e a produção científica nacional.
Na saúde, serão investidos R$ 6,8 bilhões para a
construção de novas Unidades Básicas de Saúde (UBS), policlínicas e
maternidades, bem como a aquisição de ambulâncias para tratamento
especializado. Segundo a União, a oferta de vacinas, de medicamentos feitos a
partir do plasma sanguíneo e dos atendimentos médicos remotos feitos via
telessaúde no Estado também serão fortalecidos com os recursos.
Tanto escolas quanto UBS receberão redes de internet com
tecnologia 5G para aumentar a conectividade à internet de alta velocidade.
Nesta linha, também estão previstas a oferta de conexões 4G em rodovias, algo
já previsto no pacote de concessões rodoviárias, e também para regiões remotas
do Paraná.
PAC – O programa vai investir R$ 1,7 trilhão em todos
os estados do Brasil com recursos do Orçamento Geral da União (OGU), empresas
estatais, financiamentos e do setor privado, através de concessões e Parcerias
Público-Privadas (PPPs). Em setembro, o governo federal lançará editais que
somam mais R$ 136 bilhões para a seleção de outros projetos prioritários de
estados e municípios que não foram contemplados nesta primeira etapa.
Fonte: AEN
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