segunda-feira, 28 de agosto de 2023

Câmara de Apucarana acata denúncia contra o vereador Poim

 

Poim, que preside os trabalhos da Comissão Processante (CP) instalada na semana passada com propósito de investigar o vereador Toninho Garcia (União), agora virou alvo e será investigado por suposta perseguição a servidores da Câmara quando era presidente da “casa”.

Sorteio que escolheu os vereadores Tiago Cordeiro, Moisés Tavares e Rodrigo Recife para compor a Comissão Processante.


Por seis votos favoráveis e três contrários, a Câmara Municipal de Apucarana acatou na sessão ordinária desta segunda-feira (28) denúncia e instalou Comissão Processante (CP) para investigar o vereador Franciley Preto Godoi, o Poim (PSD).

A denúncia contra Poim foi apresentada pelo advogado Douglas Luiz Santos e lida no plenário nesta segunda-feira. O advogado protocolou pedido de cassação e de afastamento do vereador por supostas infrações político-administrativas e quebra de decoro parlamentar quando Poim presidiu a Câmara, no biênio 2021/2022.

Votaram pelo acatamento da denúncia, os vereadores Toninho Garcia (União), Luciano Facchiano (PSB), Mário Felipe (PROS), Mauro Bertoli (União), Tiago Cordeiro (MDB) e Rodrigo Recife (União). Contra o recebimento, os vereadores Marcos da Vila Reis (PSD), Lucas Leugi (PP) e Moisés Tavares (Cidadania). Poim (denunciado) e o presidente Luciano Molina (PL), por força do Regimento, não votaram.

Na acusação, Douglas Luiz Santos aponta casos de suposta perseguição a servidores da casa, de situações de homofobia e de assédio moral, além de suposto desrespeito a órgãos de controle interno e suposta advocacia administrativa em benefício próprio.

Após acatar a denúncia, os vereadores rejeitaram, por unanimidade, o pedido de afastamento de 60 dias também solicitado pelo denunciante.

Na sequência, três vereadores foram escolhidos por sorteio, para integrar a Comissão Processante; Tiago Cordeiro de Lima (MDB), Moisés Tavares (Cidadania) e Rodrigo Recife (União). Eles se reúnem em 48 horas para definir o presidente e o relator e terão a partir daí, cinco dias para iniciar os trabalhos e 90 dias para apresentar o parecer, sugerindo ou não a cassação ou outro tipo de punição. Caso o parecer seja pela cassação, a votação será feita no plenário, e precisa de dois terços dos votos para sua aprovação.

Esta é a segunda Comissão Processante (CP) aprovada na Câmara de Apucarana nos últimos dias. A primeira foi aprovada na semana passada e foi instalada com propósito de investigar o vereador Toninho Garcia (União) por suposto crime de xenofobia contra os “nordestinos”. A fala do vereador teve repercussão em diversos canais de comunicação do país. Poim foi sorteado como membro e depois escolhido para presidir os trabalhos.

 

 

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