“É uma confissão. [Cid] vai admitir. As provas estão aí, ele vai admitir", afirmou Cezar Bitencourt após dizer que seu cliente não iria "dedurar" Bolsonaro
Advogado do tenente-coronel Mauro Cid, Cezar Bitencourt voltou a dizer nesta segunda-feira (21), à CNN Brasil, que o militar vai confessar à Polícia Federal ter agido sob ordens de Jair Bolsonaro (PL) no caso da venda ilegal de joias da Presidência da República. “É uma confissão. [Cid] vai admitir. As provas estão aí, ele vai admitir. Mas isso é início de conversa. Nem falei com o delegado que está com a investigação”, declarou.
"Resolve isso aí, Cid", foi a frase que o ex-ajudante de ordens teria ouvido de Bolsonaro, segundo o advogado. “[Cid] efetuou a venda do relógio nos EUA, daí ia trazer para cá o resultado. Ele era assessor do chefe. Fez isso e procurou entregar para quem o determinou que fosse feito a venda. (...) Ele era assessor, conhecia o presidente, tinha intimidade. Ele recebeu uma determinação e resolveu”, completou.
O advogado ainda contou que planeja comparecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, buscando agendar uma audiência com o ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso na Corte. Bitencourt tem a intenção de discutir os detalhes do próximo depoimento de Cid.
Versões - Após dizer que o tenente-coronel Mauro Cid entregaria Jair Bolsonaro (PL) no caso das joias desviadas da Presidência da República e vendidas e depois de recuar, afirmando que o que Cid falará à Polícia Federal "não tem nada a ver com joias", o Bitencourt chegou a dizer que seu cliente não iria "dedurar" o ex-chefe. No entanto, ele mudou novamente de versão nesta segunda-feira.
Versões, aliás, foram objeto de uma resposta dada pelo advogado ao Estado de S. Paulo: "eu vou dar 20 ou 30 versões, posso dizer o que quiser. A versão da defesa, efetivamente, vai vir nos autos".
Fonte: Brasil 247 com CNN Brasil
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