sexta-feira, 18 de agosto de 2023

Advogado de Mauro Cid afirma que o tenente-coronel vai admitir a venda de joias a mando de Bolsonaro

 O militar vai assumir que entregou dinheiro em espécie para o ex-ocupante do Planalto

Mauro Cid (Foto: Reprodução (Rede Social))

O advogado Cezar Bittencourt, que defende o tenente-coronel Mauro Cid, disse nesta quinta-feira (17) que seu cliente vai admitir a venda de joias nos Estados Unidos a mando de Jair Bolsonaro (PL). A posição emitida pelo defensor consta em reportagem das jornalistas Andréia Sadi e Camila Bomfim, da GloboNews. O militar vai assumir que entregou dinheiro em espécie para o ex-ocupante do Planalto. 

Por lei, presentes dados por governos de outros países devem pertencer ao Estado brasileiro, e não podem fazer parte de patrimônio pessoal. Em 13 de junho do ano passado, Mauro Cid viajou à Pensilvânia (EUA) para vender o relógio Rolex de ouro branco e outro relógio da marca Patek Philippe. A PF localizou, a partir da análise de dados armazenados na nuvem do celular de Mauro Cid, um comprovante de depósito da loja no valor de US$ 68 mil nessa mesma data. O valor corresponde a R$ 332 mil. O tenente guardou um registro de transação financeira para Bolsonaro.


Policiais federais também investigam a participação do advogado Frederick Wassef, que defende Bolsonaro. Investigadores encontraram no rascunho do celular de Mauro Cid uma mensagem que teria como destinatário uma pessoa chamada Chase Leonard,  nome que também está no recibo do Rolex recomprado por Frederick Wassef. 

Na terça-feira (15), Wassef disse que a viagem aos EUA teria "fins pessoais". Também afirmou que fez a recompra do relógio para dar ao governo federal brasileiro. O advogado também negou que Bolsonaro e o tenente-coronel Mauro Cid pediram para o defensor recomprar o item.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes aprovou o pedido feito pela PF para ter contato com o FBI - Federal Bureau of Investigation, ou Departamento Federal de Investigação norte-americano. Investigadores do Brasil querem ter acesso a informações de uma joalheira da Pensilvânia.

Fonte: Brasil 247 com informações das jornalistas Andréia Sadi e Camila Bomfim da GloboNews

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