"Não é justo, estou em recuperação na UTI, ainda não morri, e já querem dividir meu apoio", disse Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (3)
Após ser declarado inelegível por oito anos, Jair Bolsonaro (PL) criticou a disputa por nomes da direita em tentar se apropriar de seu espólio político e afirmou que apesar de estar na "UTI" ainda não "está morto" politicamente. "Não é justo, estou em recuperação na UTI, ainda não morri, e já querem dividir meu apoio", disse o ex-mandatário durante entrevista ao Programa Pânico, da Jovem Pan News, nesta segunda-feira (3), de acordo com o Metrópoles.
Na entrevista, Bolsonaro criticou veementemente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. "Ser chamado de mentiroso por Alexandre de Moraes é doloroso. Não sou o tipo de pessoa que ele acredita que eu seja", afirmou o ex-mandatário em referência ao voto do ministro durante o julgamento no TSE que resultou na sua inelegibilidade.
Sobre os atos terroristas do dia 8 de janeiro, quando militantes bolsonaristas e de extrema direita invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, Jair Bolsonaro voltou a culpar que os ataques teriam sido cometidos por "infiltrados".
"Aqueles que praticaram os atos de vandalismo não são do nosso grupo. Nunca quebramos uma vidraça, não apenas nos últimos 4 anos, mas desde 2013", disse. "Infelizmente, meu celular está sob posse da Polícia Federal. (…) Também o telefone do (Mauro) Cid está sendo bisbilhotado desde 2021. (…) Serei preso? Pelo amor de Deus. Com base em qual acusação? Esses atos de 8 de janeiro... Em 2016, tentamos criminalizar a invasão de bens públicos e privados, como se fosse um ato terrorista. Aprovamos, Dilma vetou... Se tivesse sido aprovado, eles teriam sido enquadrados como terroristas, como alguns da imprensa os chamam", completou.
Jair Bolsonaro foi condenado pelo TSE a ficar inelegível por oito anos no âmbito de uma ação movida pelo PDT. Os magistrados consideraram que ele cometeu abuso de poder com o objetivo de promover uma campanha eleitoral antecipada ao convocar uma reunião com embaixadores estrangeiros para atacar o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas.
Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles
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