Veja um resumo sobre o ex-bombeiro Maxwell Corrêa, os ex-policiais Ronnie Lessa, Élcio Queiroz, o sargento Edmilson Oliveira, o mecânico Edilson Barbosa e o porteiro Alberto Mateus
O ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, preso nesta segunda-feira (24) por envolvimento no assassinato da ex-vereadora da cidade do Rio de Janeiro (RJ) Marielle Franco (PSOL), atuou na "vigilância" e "acompanhamento" da ex-parlamentar, afirmou o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. Os relatos acerca dos acusados de envolvimento no crime foram publicados no portal G1.
SUEL - Ele já havia sido preso durante a Operação Submersos II em 2020. No ano seguinte, ele foi condenado a quatro anos de prisão por atrapalhar as investigações, mas cumpria a pena em regime aberto, quando a pessoa trabalha durante o dia e dorme à noite em local determinado pela Justiça. De acordo com o Ministério Público (MPRJ), Suel era o dono do carro usado para esconder as armas que estavam em um apartamento do ex-policial Ronnie Lessa, acusado de ser um dos autores do assassinato. O ex-bombeiro também teria ajudado a jogar o armamento no mar.
RONNIE LESSA - Preso desde 2019, Lessa é apontado pelas investigações como o executor da ex-vereadora. Na semana em que ele foi detido, a Divisão de Homicídios (DH) da capital encontrou 117 fuzis incompletos na casa de um amigo dele no Méier, na Zona Norte do Rio. O ex-policial foi condenado a 13 anos e seis meses de prisão por venda ilegal de armas. Em 2021, Lessa foi condenado por destruição de provas. Investigadores apuram se a submetralhadora usada para matar a vereadora e o motorista esteja no fundo do mar.
Em outro processo judicial, Lessa foi acusado de envolvimento em jogos de azar que também teria a participação do bicheiro Rogério Andrade. Ele atuou como segurança do contraventor. Atualmente, ele está no presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
ÉLCIO QUEIROZ - Outro ex-policial, Élcio Queiroz foi preso desde 2019 por participação nas mortes de Marielle junto com Ronnie Lessa. Os dois serão julgados pelo Tribunal de Júri. Em delação premiada com a Polícia Federal e o MPRJ, Queiroz admitiu que dirigiu o carro usado no ataque e disse que Lessa fez os disparos com uma submetralhadora. Também afirmou ter recebido pagamentos mensais de R$ 5 mil de Suel. E disse que Lessa teria experimentado um "aumento muito grande" em seu patrimônio após o crime.
Segundo Queiroz, o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, vigiou Marielle. Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ele terá benefícios por causa do acordo de delação premiada, mas vai continuar preso. Queiroz foi expulso da Polícia Militar em 2015, depois de ser preso em uma operação contra uma milícia. Atualmente ele está no presídio federal de Mossoró.
EDMILSON DA SILVA DE OLIVEIRA, "MACALÉ" - Assassinato em 2021, o sargento da PM Edmilson da Silva de Oliveira, o Macalé, morto em 2021, foi quem apresentou a Lessa o "trabalho" de executar Marielle. Foi o que disse Queiroz em delação. Investigadores apuram a mando de quem Macalé fez a intermediação. Macalé também ajudou o PM reformado a descobrir mais informações da rotina da vereadora, participando do monitoramento dela. Os dois monitoraram Marielle meses antes do crime, que aconteceu em março de 2018.
EDILSON BARBOSA DOS SANTOS, "ORELHA" - Segundo Queiroz, o mecânico Orelha foi acionado por Suel para se desfazer do carro usado no homicídio. A delação apontou que Orelha tinha uma agência de automóveis e foi dono de um ferro velho. Conhecidas pessoas que possuem peças de carros.
ALBERTO JORGE MATEUS - Em depoimento prestado à Polícia Federal em 2019, o porteiro Alberto Jorge Mateus afirmou que se enganou ao envolver Jair Bolsonaro nas investigações sobre o crime. Nos dias 7 e 9 de outubro daquele ano, ele afirmou à Polícia Civil que “seu Jair” autorizou a entrada de Queiroz no condomínio Vivendas da Barra, na tarde do dia 14 de março de 2018. Marielle e o motorista Anderson Gomes foram assassinados naquele dia.
Fonte: Brasil 247 com informações do G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário