O Índice de Confiança Empresarial (ICE) registrou um aumento de 3 pontos em junho, atingindo 94,5 pontos, maior alta desde julho de 2021
A confiança do empresariado brasileiro registrou um significativo aumento em junho, apontando para um otimismo renovado e indicando que "o pior, em termos de desaceleração da economia, já passou", de acordo com o Superintendente de Estatísticas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), Aloisio Campelo Jr.
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) registrou um aumento de 3 pontos em junho, atingindo 94,5 pontos, representando a alta a mais expressiva dos últimos dois anos, informa reportagem do Valor Econômico. Essa foi a maior alta desde julho de 2021 - quando o índice subiu 3,3 pontos - e levou o indicador ao seu patamar mais alto desde outubro de 2022, com 98,2 pontos.
Dos quatro setores componentes do ICE, três apresentaram aumento na confiança em junho em comparação com maio. Os setores da indústria (+1,1 ponto), serviços (+3,7 pontos) e comércio (+6,9 pontos) registraram altas significativas. A única exceção foi o setor da construção, que teve uma leve queda de 0,1 ponto na confiança no último mês. Segundo o especialista, os três primeiros setores passaram por um período de crescimento fraco no início do ano, mas agora apresentam sinais de melhora.
Campelo Jr. explicou que o pior momento para o empresariado foi a "virada do ano"; no entanto, ele ressaltou que houve respostas positivas tanto em relação ao presente quanto ao futuro, o que pode ser observado na evolução dos subindicadores componentes do ICE. O Índice de Situação Atual (ISA) teve um aumento de 4 pontos, atingindo 95,1 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) avançou 2,8 pontos, chegando a 96,2 pontos. "O ISA melhorou mais” acrescentou ele. “Houve uma melhora na percepção de ambiente [econômico]", destacou o especialista.
Entre alguns dos fatores apontados para a melhora das avaliações sobre o momento atual, Campelo Jr. destaca a queda significativa na inflação, que aumenta o ritmo de demanda interna por aliviar espaços no orçamento das famílias, e as definições sobre o arcabouço fiscal, que conferem "maior serenidade ao quadro político".
Fonte: Brasil 247 com reportagem do jornal Valor Econômico
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