O depoimento da esposa contribuiu para que outro ex-policial, Élcio Queiroz, fechasse acordo de delação premiada e contasse detalhes sobre o assassinato
A mulher de Ronnie Lessa desmentiu a versão do ex-policial militar de que tinha ficado em casa na noite do assassinato da ex-vereadora da cidade do Rio de Janeiro (RJ) Marielle Franco (PSOL). Esse depoimento contribuiu para que outro ex-policial, Élcio Queiroz, fechasse acordo de delação premiada e contasse detalhes sobre o assassinato. A informação sobre a versão da esposa do PM foi publicada nesta terça-feira (25) no Jornal Nacional.
As investigações apontaram que Lessa mentiu, para Queiroz não admitir o crime. Uma delas era dizer que não tinha pesquisado sobre Marielle na internet. Mas, de acordo com integrantes do Ministério Público (MP-RJ) e da Polícia Federal (PF), o ex-PM pagou para ter acesso a um site privado de dados pessoais, fez pesquisas sobre os CPFs (Cadastro de Pessoa Física) de Marielle, da filha dela e de um endereço que a vereadora tinha visitado dois dias antes do crime.
Em delação, Queiroz admitiu ter sido responsável por dirigir o carro de onde partiram os disparos contra a ex-parlamentar. Também disse que Lessa foi quem deu os tiros. A dupla foi presa em 2019. Membros do MP-RJ disseram que a colaboração de Queiroz não vai tirar os dois do júri popular nem reduzir a pena.
Policiais prenderam nesta segunda (24) o ex-bombeiro Maxwell Simões Correa, o Suel, que teria ajudado Lessa a se desfazer de armas usadas no homicídio. O delator afirmou que o sargento da PM Edimilson Oliveira, o Macalé, morto em 2021, teria feito intermediações com o objetivo de executar o crime e, para cometer o assassinato, resolveu procurar PM responsável pelos tiros.
Investigadores descobriram que as ligações telefônicas entre Macalé e Suel aumentaram nas semanas seguintes ao assassinato da ex-vereadora. Promotores estudam a possibilidade de oferecer uma delação premiada a Lessa. O ex-bombeiro foi transferido na tarde desta terça-feira (25) para um presídio de segurança máxima em Brasília (DF) e, por determinação judicial, ficará em uma cela individual.
Fonte: Brasil 247 com informação do Jornal Nacional
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