O tenente está preso por suspeita de fraudar cartões de vacina. Também é investigado sobre o conteúdo de teor golpista encontrado no celular dele, ex-ajudante de Bolsonaro
O Ministério Público Militar notificou o comandante do Exército, general Tomás Paiva, a explicar em até dez dias a orientação dada ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), de ir fardado à CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro, quando bolsonaristas invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF). O procurador-geral de Justiça Militar, Clauro Roberto de Bortolli, assinou a decisão e atendeu à representação assinada pela deputada Luciene Cavalcante (PSOL-SP), de acordo com reportagem publicada nesta quinta-feira (27) no portal Uol.
Em 11 de julho, Cid esteve fardado e sob escolta da Polícia do Exército no Congresso. Na ocasião, o militar não respondeu a questionamento algum. Ele tinha direito ao silêncio por decisão judicial. No dia do depoimento, o Exército afirmou que Cid usou a farda porque foi convocado "para tratar de temas referentes à função para a qual fora designado pela Força".
O tenente está preso desde 3 de maio, sob a suspeita de fraudar cartões de vacina para Bolsonaro e familiares. Também é investigado sobre o conteúdo de teor golpista encontrado no celular dele. A minuta para um golpe de Estado no País com a decretação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) encontrada no celular do coronel previa estado de sítio "dentro das quatro linhas" da Constituição.
O ex-ajudante de Bolsonaro cumpre medida cautelar em estabelecimento militar. Fica uniformizado na prisão e "se apresenta uniformizado, porque é assim que se apresentaria em juízo", informou a nota do Exército.
Fonte: Brasil 247 com reportagem do portal UOL
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