O Ministério Público da Itália pode emitir ainda nesta
segunda-feira, 24, parecer favorável à liberação dos vídeos gravados pelo
sistema de câmeras do aeroporto de Roma, na Itália, com imagens da hostilização
ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. O secretário
Nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho, autoridade do governo
responsável por coordenar acordos de cooperação na área penal com países
estrangeiros, disse não acreditar que haja algum obstáculo ao envio dos vídeos.
“Está tudo
dentro da normalidade e a manifestação do MP foi uma solicitação do juiz
italiano antes de proferir sua decisão”, disse Botelho ao Estadão.
No
fim de semana passado, a PF solicitou as autoridades italianas que preservassem
os arquivos digitais. Na segunda-feira, 17, Botelho remeteu para a Itália o
pedido de liberação das imagens para utilização em processo criminal no Brasil.
A
autoridade do governo italiano preferiu submeter o pedido brasileiro à justiça
local.
Havia
expectativa de que os vídeos já fossem liberados na semana passada, mas antes
de autorizar o juiz local pediu para o MP se manifestar.
A Polícia
Federal já viu as imagens mas não anexou ao processo porque isso dependeria de
uma aprovação oficial via colaboração penal. Ou seja, a liberação dos vídeos
teria que ser feita por meio da Secretaria Nacional de Justiça, vinculada ao
Ministério da Justiça.
Segundo
Botelho, quando houver a autorização judicial as autoridades italianas devem
indicar um link oficial onde estarão armazenadas as imagens. O secretário disse
não ter tido acesso às imagens e por isso preferiu não comentar sobre seu
conteúdo.
Como
mostrou o Estadão, a expectativa dos investigadores é a de que as
gravações possam dirimir contradições nas versões dadas pelos investigados
pelas supostas hostilidades a Alexandre de Moraes.
Os alvos principais da investigação são Roberto Mantovani
Filho e sua mulher, Andréia Mantovani. Eles tiveram sua casa vasculhada pela PF
nesta quarta-feira, 18, para abastecer o inquérito sobre supostos crimes de
injúria, perseguição e desacato.
Fonte: Bem Paraná com informações do Estadão Conteúdo
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