Parlamentar é acusado de abuso de poder econômico durante a campanha
O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) está sob ameaça em seu próprio estado, o Paraná, onde enfrenta uma ação de investigação judicial eleitoral por suspeita de abuso de poder econômico na pré-campanha das eleições de 2022, segundo informa a jornalista Catia Seabra, na Folha de S. Paulo. Tanto adversários políticos como aliados do ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça acreditam que há uma tendência desfavorável a Moro no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do estado. O processo atual está em fase de produção de provas e, além das irregularidades na pré-campanha, Moro é acusado de exceder os limites de gastos eleitorais estabelecidos pela lei.
A substituição de membros do TRE e a nomeação de um novo relator para o caso contribuíram para a mudança de clima favorável que Moro desfrutava anteriormente. O novo relator, desembargador D' Artagnan Serpa Sá, é visto como alguém capaz de resistir à pressão de apoiadores de Moro. A entrada de outros integrantes no tribunal também trouxe incertezas quanto ao desfecho do processo. Enquanto aliados de Moro identificam possíveis apoiadores entre os membros do tribunal, a situação política do senador no Paraná é considerada isolada, já que ele enfrenta duras críticas ao Judiciário e sua figura é associada ao uso político da Operação Lava Jato.
Embora Moro possa encontrar um cenário mais favorável caso consiga pelo menos um empate nos votos do tribunal, levando a decisão para o presidente do TRE, Wellington Emanuel Coimbra de Moura, o desembargador teria aconselhado Moro a se preocupar mais com o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que terá a palavra final. Independentemente do resultado no Paraná, é provável que haja um recurso à corte superior. Até o momento, nenhum dos membros da corte citados quis se manifestar sobre o assunto. Enquanto a situação de Moro é avaliada, nos bastidores, políticos paranaenses já disputam a possibilidade de uma eleição suplementar para o Senado, caso ocorra a cassação do mandato, incluindo o atual secretário estadual Ricardo Barros e a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann.
Fonte: Brasil 247 com informações da jornalista Catia Seabra na Folha de S. Paulo
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