Cid contou que tinha ordens de Bolsonaro para pagar as contas de Michelle, mas que o ex-mandatário não gostava que ele também pagasse as faturas de familiares da ex-primeira-dama
O tenente-coronel Mauro Cid, que na última terça-feira (11) optou por ficar em silêncio na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os atos golpistas do dia 8 de janeiro, revelou a pessoas próximas que seu convívio com Michelle Bolsonaro era “difícil”, que era obrigado a pagar contas pessoais dela e de seus familiares e que a ex-primeira-dama não gostava dele. O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) está preso desde o dia 3 de maio no âmbito de uma investigação que apura a falsificação de dados falsos em cartões de vacinação contra a Covid-19, e que pertenciam a familiares de Cid e Bolsonaro, além de aliados próximos.
Segundo a coluna do jornalista Rodrigo Rangel, do Metrópoles, Cid revelou que Michelle era uma pessoa de difícil convívio no dia a dia e não tinha simpatia por ele. "Dona Michelle era muito difícil e não gostava de mim", afirmou. A principal causa da tensão entre os dois estava relacionada ao dinheiro, de acordo com o militar. Cid contou que tinha ordens explícitas de Bolsonaro para pagar as contas de Michelle, mas o ex-mandatário não gostava que ele também pagasse as faturas de familiares da primeira-dama.
“Mesmo assim, ela mandava essas contas com ordens para pagar. E, diz ele, quando isso acontecia não havia muito o que fazer, sob pena de arrumar mais problemas com Michelle. ‘Não ia me meter em briga de casal. Se ela pedia, eu depositava’, afirmou o tenente-coronel em uma das conversas, meses atrás, em tom de desabafo. Ele afirma que, depois de feitos os pagamentos, tinha que apresentar as faturas para Bolsonaro”, destaca a reportagem.
Fonte: Brasil 247 com a coluna do jornalista Rodrigo Rangel do Metrópoles
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