Deputado expressou preocupação com as contradições dos depoentes e criticou a falta de ação do presidente da CPMI, Arthur Maia, diante do flagrante delito de falso testemunho
O depoimento do coronel Jean Lawand à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos do dia 8 de janeiro gerou fortes denúncias de falsos testemunhos, levando o deputado federal Duarte Júnior, membro da CPMI, a apresentar notícia-crime pedindo a prisão imediata do coronel. Em entrevista ao programa Brasil Agora, da TV 247, o deputado destacou a importância das questões para conectar os pontos e revelar possíveis estratégias golpistas de Jair Bolsonaro e da cúpula militar que o cerca.
"Já foi possível perceber nas primeiras oitivas que há uma grande importância nessa investigação para ligar os pontos. Não há dúvida de que houve um pensamento antidemocrático, uma estratégia de dar um golpe de estado por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus generais mais próximos, aqueles que foram educados e formados nas Agulhas Negras, exegese da ditadura militar. Há uma ligação entre os atos do dia 12 e 24 de dezembro em Brasília e os atos do dia 8 de janeiro", afirmou o deputado.
Duarte Júnior expressou sua preocupação com as contradições percebidas nas últimas oitivas e criticou a falta de ação do presidente da CPMI, Arthur Maia (União Brasil-BA), diante do flagrante delito de falso testemunho. Segundo o deputado, desde o depoimento do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal até o depoimento do coronel Lawand, houve o crime de falso testemunho.
“É muito importante que a lei seja cumprida, inclusive dentro da própria CPMI, para que se respeite a instituição e para que essa CPMI não acabe em pizza”, afirmou.
O parlamentar disse que acredita que a notícia-crime apresentada ao Ministério Público do Distrito Federal tem fundamentos legais e espera que Jean Lawand seja investigado e responsa por also testemunho, pois é garantido ao coronel o direito de permanecer em silêncio, e o silêncio não é uma confissão de culpabilidade. No entanto, Lawand optou por falar e, segundo Duarte Júnior, faltou com a verdade.
“Nas últimas oitivas foi possível perceber várias contradições. Infelizmente o presidente Arthur Maia não exerceu o seu poder enquanto presidente para dar voz de prisão diante do flagrante delito. Diante da ausência de prisão em flagrante por parte do presidente da comissão, o deputado provocou o Ministério Público do Distrito Federal para que a lei seja aplicada diante dos fatos e da denúncia de notícia crime”, destacou.
“Nós não podemos permitir que, só porque alguém é coronel ou general ou faz parte das Forças Armadas, não responda com todo o rigor que a lei prevê. concluiu Duarte Júnior,
Fonte: Brasil 247
Nenhum comentário:
Postar um comentário