Emissora foi associada ao discurso extremista, negacionista e golpista
A emissora de rádio e TV Jovem Pan enfrentou uma drástica redução na verba de publicidade federal durante os primeiros seis meses do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os dados oficiais revelam que a empresa praticamente desapareceu da lista de emissoras e empresas escolhidas para veicular a publicidade oficial do governo federal, segundo reportagem da Folha de S. Paulo. A rede, que se destacou por sua aliança com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e por veicular conteúdos de negacionismo científico e questionamentos sobre as urnas eletrônicas, viu-se excluída do ranking das principais beneficiadas com a verba de propaganda federal.
Sob o governo de Bolsonaro, a Jovem Pan havia recebido contratos que somaram R$ 18,8 milhões em verbas de publicidade federal, alcançando a 12ª posição entre as empresas beneficiadas. No entanto, no governo Lula, a única verba registrada foi de apenas R$ 2.413, destinada a uma rádio afiliada em Manaus para uma campanha de combate à tuberculose.
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) afirma seguir critérios técnicos apresentados pelas agências de publicidade, como audiência e segmentação. A emissora também enfrenta questionamentos sobre sua postura jornalística, sendo alvo de um inquérito civil público do Ministério Público Federal de São Paulo por disseminação de conteúdos desinformativos e incitação à violência e atos antidemocráticos.
Fonte: Brasil 247 com reportagem da Folha de S. Paulo
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