Estimativas para o Ibovespa variam entre 125 mil e 140 mil pontos, com potencial de valorização de quase 20%
A expectativa de um iminente ciclo de queda dos juros pelo Banco Central, previsto para começar em agosto ou, no mais tardar, em setembro, tem gerado otimismo entre os investidores em relação ao potencial positivo das ações na Bolsa de Valores nos próximos meses. A recente aprovação do novo regime de meta de inflação pelo Conselho Monetário Nacional reforçou ainda mais a crença dos agentes financeiros na redução da taxa Selic a curto prazo, aponta reportagem do jornalista Lucas Bombana, na Folha de S. Paulo.
As taxas dos juros futuros, que refletem as expectativas do mercado em relação à política monetária, sofreram uma acentuada queda na sexta-feira (30). Diversos bancos e corretoras projetam um aumento no índice Ibovespa nos próximos seis a 12 meses, com estimativas variando entre 125 mil e 140 mil pontos. Essas projeções sugerem um potencial de valorização de quase 20% nas estimativas mais otimistas.
Levando em consideração a melhoria do cenário macroeconômico desde o início do ano, o Ibovespa acumulou uma valorização de 7,6% no primeiro semestre, alcançando 118.087 pontos. No entanto, especialistas afirmam que esse aumento ainda não representa o esgotamento do potencial de alta. O banco Santander divulgou uma projeção que estima o Ibovespa em 140 mil pontos em junho de 2024, o que corresponde a uma valorização de 18,5% em 12 meses.
A expectativa de queda dos juros é um dos principais fundamentos para essa visão positiva do mercado acionário. Estudos realizados pelo Santander indicam que os ciclos de redução dos juros têm um impacto significativo no desempenho da Bolsa, com uma média de alta de 21% após 12 meses do primeiro corte e 43% após 24 meses. A redução dos juros implica em menor custo de capital para as empresas, redução das despesas financeiras e potencial revisão positiva dos lucros. Além disso, a menor atratividade das rendas fixas devido à queda da Selic direciona os investidores de volta aos ativos de maior risco, como as ações.
Fonte: Brasil 247 com reportagem do jornalista Lucas Bombana publicada na Folha de S. Paulo
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