segunda-feira, 17 de julho de 2023

Governo liberou R$ 50 bi para renegociação no Desenrola, diz Haddad

 Expectativa é que as renegociações beneficiem até 70 milhões de pessoas e possivelmente 2,5 milhões logo na primeira fase

Fernando Haddad (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta segunda-feira (17) que o governo federal disponibilizou um total de R$ 50 bilhões em crédito presumido para a primeira etapa do programa "Desenrola Brasil". Esse programa tem como objetivo facilitar a renegociação de dívidas e já está em operação a partir desta segunda. A expectativa é que as renegociações beneficiem até 70 milhões de pessoas.

"Nós liberamos R$ 50 bilhões em crédito presumido para que o setor bancário possa realizar as renegociações, dentro do sistema de balanço financeiro. O estímulo para os bancos é que o valor da renegociação seja considerado como crédito presumido junto ao governo. Se o desconto para o indivíduo for de R$ 7 mil, o crédito para o banco será de R$ 7 mil", afirmou Haddad durante uma coletiva de imprensa na sede do Ministério da Fazenda.

O Desenrola será implementado em três fases, sendo que as duas primeiras já estão em vigor a partir desta segunda. A primeira etapa consiste na extinção de dívidas bancárias de até R$ 100. Já a segunda etapa é direcionada para a renegociação de dívidas bancárias na faixa 2 do programa, abrangendo indivíduos com renda mensal de até R$ 20 mil. Durante essa fase, os clientes terão a oportunidade de negociar suas dívidas diretamente com as instituições financeiras, buscando condições de pagamento mais favoráveis.

Os cinco maiores bancos do país, Itaú Unibanco, Santander, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa, estão entre as instituições que participarão do programa. No entanto, o Nubank ainda não aderiu. Segundo Haddad, se o Nubank aderir ao programa, o número de brasileiros com dívidas de até R$ 100 que terão sua situação regularizada pode chegar a 2,5 milhões.

É importante destacar que o Desenrola não implica em um perdão das dívidas. As dívidas continuarão existindo, porém os bancos se comprometerão a não utilizar a cobrança como critério para inclusão de devedores em cadastros negativos. Isso significa que, se não houver outras dívidas negativadas, os brasileiros nessa situação terão seus nomes limpos, permitindo que possam realizar compras a prazo, contrair empréstimos ou fechar contratos de aluguel, entre outras transações financeiras.

Fonte: Brasil 247

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