Nesta segunda-feira, o ministro Alexandre de Moraes detalhou hostilidades sofridas por ele e sua família durante ataques em aeroporto internacional
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes juntamente com sua esposa e três filhos, prestaram depoimentos à Polícia Federal (PF) na sede de São Paulo, relatando as hostilidades enfrentadas durante uma abordagem no aeroporto de Roma. Segundo os depoimentos, as ofensas foram de natureza política e visavam constranger o ministro. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Na ocasião, registrada no último dia 14, uma das suspeitas, identificada como Andreia Munarão, teria se aproximado de Moraes enquanto ele fazia o credenciamento para acessar a sala VIP da companhia aérea TAP. Durante o episódio, ela o chamou de "comunista", "bandido" e "comprado". Posteriormente, passou a gravá-lo e gritou aos seus filhos acusações de fraude nas urnas e roubo das eleições, fazendo alusão ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores.
Conforme os depoimentos, os filhos do ministro advertiram Munarão de que, caso não cessasse as ofensas, seriam processados. O marido da suspeita, Roberto Mantovani Filho, teria avançado em direção ao filho de Moraes, reiterando as acusações. Durante o incidente, um estrangeiro interveio para conter a agressão após Mantovani dar um tapa no rosto do filho do ministro, deslocando seus óculos.
Após uma breve ausência, os suspeitos retornaram e continuaram a ofender e gravar Moraes e sua família dentro da sala VIP. O ministro se dirigiu a eles, afirmando que essa não foi a primeira vez que sua família sofreu ofensas e agressões. Nesse momento, Moraes informou à PF que tiraria fotos para identificar os envolvidos e que eles seriam processados no Brasil.
A Polícia Federal instaurou um inquérito para investigar as circunstâncias do ocorrido e a possível agressão ao filho do ministro. O casal, Roberto Mantovani Filho e Andreia Munarão, acompanhados de Alex Zanata Bignotto (genro) e Giovanni Mantovani (filho), está sendo investigado no caso.
A defesa dos envolvidos nega terem sido responsáveis pelas hostilidades e afirma que as declarações serão confrontadas com as imagens das câmeras de segurança solicitadas pela PF. A família investigada também está avaliando a possibilidade de requerer às autoridades judiciais italianas as imagens do aeroporto de Roma, buscando garantir a igualdade de acesso ao material e análise das provas.
Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo
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