quarta-feira, 26 de julho de 2023

CPMI do 8 de janeiro mira financiadores dos atos terroristas em nova fase

 

Atos antidemocráticos ocorridos em Brasília no dia 8 de Janeiro. (Foto: Reprodução

A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de Janeiro entrará em uma nova fase após a volta do recesso. A investigação focará agora na atuação dos suspeitos de financiar os ataques e em personagens-chave dos episódios, como o ex-ministro da Justiça e então secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, e Saulo Cunha, diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na época dos fatos investigados.

A nova fase acontece após análise de documentos relacionados a quebra de sigilos de investigados e depoimentos do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques e do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro Mauro Cid.

Saulo Cunha já foi sinalizado pelo deputado Arthur Maia (União-BA) como o primeiro a ser ouvido na comissão em agosto. A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), por sua vez, prevê que Torres seja o segundo. O colegiado está previsto para retornar os trabalhos a partir do dia 1º de agosto.


Saulo Cunha. (Foto: Reprodução)

Saulo é um nome importante nas investigações. Através dele, a oposição tentará construir uma tese de que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se omitiu durante os ataques.

A maior parte dos depoimentos que já foram prestados, antes do recesso parlamentar, foram articulados pelo governo atual, que quer emparedar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Os principais documentos a serem analisados na nova fase incluem registros telemáticos, telefônicos e bancários dos envolvidos nos atos que culminaram na destruição da praça dos Três Poderes em Brasília. Os pedidos de informação já foram aprovados no início de julho. Também foram solicitados dados de parentes dos alvos da CPMI.

Vale ressaltar, entretanto, que o cronograma dos depoimentos ainda não foi fechado, mas pode ser finalizado na próxima semana.

Outra quebra de sigilo que já chegou às mãos da CPMI foi o bancário de George Washington Oliveira, preso após uma tentativa com ataque a bomba nas imediações do aeroporto de Brasília em dezembro.

A comissão também pediu quebras dos sigilos bancário, telefônico, fiscal e telemático de Daniel Cid, irmão do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, além de informações sobre empresas estrangeiras que podem ter sido usadas por golpistas que atacaram Brasília.

Fonte: DCM

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