A relatora da CPMI afirmou que o militar tentou maquiar informações. “Isso não pode ser uma prática repetitiva porque descredibiliza os trabalhos da comissão”, disse
O depoimento do coronel Jean Lawand à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos do dia 8 de janeiro foi marcado por mentiras e tentativas de maquiar informações, segundo a senadora Eliziane Gama, relatora da CPMI dos atos golpistas. Em entrevista ao programa Brasil Agora, a senadora denunciou a postura evasiva do coronel e ressaltou a importância da veracidade dos depoimentos para a credibilidade dos trabalhos da comissão.
"Tanto no depoimento do Silvinei Vasques [ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal] quanto no depoimento do coronel Lawand, vimos claramente mentiras", afirmou a senadora, que destacou a tentativa do coronel de disfarçar as mensagens que havia trocado com o também coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.
“Isso não pode ser uma prática repetitiva porque acaba descredibilizando os trabalhos da comissão. O presidente Arthur Maia entendeu que não deveria dar voz de prisão, mas a autoincriminação não dá o direito de mentir. Pode ficar calado, mas não há permissão para mentir. Não há permissão no caso de testemunha para mentir”
Embora seja possível permanecer em silêncio, não é permitido mentir como testemunha.
“O que o coronel tentou maquiar não teve efetividade. Nem mesmo os apoiadores do ex-presidente Bolsonaro conseguiram acreditar na posição que ele estava falando, o que para mim é uma reafirmação da parte dele de que havia militares realmente envolvidos na ideia da decretação de uma GLO e, portanto, para a criação de um cenário que desse condições para uma intervenção”, ressaltou.
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