sexta-feira, 21 de julho de 2023

Com Bolsonaro inelegível, clã quer formar bancada familiar nas eleições de 2026

 Estratégia envolve a reeleição de Flávio Bolsonaro e lançar os nomes de Eduardo e Michelle Bolsonaro na disputa pelo Senado, como forma de fortalecer a extrema direita

Jair Bolsonaro e Congresso Nacional (Foto: Reuters)

Com Jair Bolsonaro (PL) declarado inelegível até 2030 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o clã do ex-mandatário e seus aliados mais próximos estão elaborando uma estratégia de sobrevivência política visando as eleições de 2026. Segundo a coluna da jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, a avaliação é que é preciso reforçar a oposição ao PT no Senado, mesmo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não seja candidato à reeleição. 

Nesse sentido,o clã cogita lançar o filho "zero três", o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), disputando a vaga por São Paulo, e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), que poderia concorrer pelo Distrito Federal.


“Como o filho zero um de Bolsonaro, Flávio, também deve se candidatar à reeleição para o Senado em 2026, os três parentes do ex-presidente da República poderiam formar uma bancada familiar e reforçar a posição da direita na Casa, onde Lula tem maioria hoje e aprova suas pautas sem grandes dificuldades”, destaca a reportagem. .

As análises internas do PL, partido ao qual o clã Bolsonaro está filiado, indicam boas chances de vitória para os três candidatos por meio do capital político de Jair Bolsonaro, que serviria de base para impulsionar as candidaturas de Eduardo em São Paulo e Michelle no Distrito Federal. Em ambos os locais, Bolsonaro saiu vitorioso em relação a Lula nas últimas eleições.

O cientista político Paulo Kramer, que ajudou a formular o plano de governo de Jair Bolsonaro na campanha presidencial de 2018, ressaltou que “caso as duas candidaturas sejam confirmadas, a costura das alianças de Eduardo, em SP, e de Michelle, no DF, vai nos permitir prever com mais clareza os prováveis rumos do bolsonarismo: se o presidente tem condições de se consolidar como um polo aglutinador das várias correntes da direita (liberalismo econômico, conservadorismo religioso, etc), ou se tenderá a se enclausurar em um gueto ideológico”. 

Fonte: Brasil 247 com a coluna da jornalista Malu Gaspar no jornal O Globo

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