quarta-feira, 5 de julho de 2023

8 de janeiro: Bolsonaristas causaram prejuízo de pelo menos R$ 20 milhões

 

STF depredado no dia dos atos terroristas em Brasília – Foto: Gabriela Biló

O Supremo Tribunal Federal STF), Palácio do Planalto e Congresso Nacional informaram que valor total de dinheiro público desembolsado ou estimado para cobrir os prejuízos dos atos terroristas promovidos por bolsonaristas em Brasília, no dia 8 de janeiro, já supera R$ 20 milhões.

O STF teve o maior prejuízo, com um valor de R$ 11,4 milhões até o momento. Em seguida, vêm o Congresso, com R$ 4,9 milhões (R$ 2,7 milhões na Câmara e R$ 2,2 milhões no Senado), e o Planalto, com R$ 4,3 milhões. As informações foram obtidas pelo jornal Folha de S.Paulo por meio da Lei de Acesso à Informação e também com a CPI do 8 de janeiro.

Vale destacar que o valor total das perdas causadas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda deve crescer, já que há custos que, seis meses após o ocorrido, ainda não foram estimados.

Entrada do Palácio do Planalto, no dia seguinte aos ataques de 8 de janeiro – Foto: Gabriela Biló

O maior custo informado pelo Executivo se refere a obras de arte danificadas. A Coordenação-Geral de Gestão Patrimonial da Presidência identificou avarias em 24 delas. O órgão avaliou, em 15 delas, um montante que chega a R$ 3,5 milhões.

Já na estrutura do palácio, o maior gasto foi com a reposição da vidraçaria quebrada pelos vândalos (R$ 204 mil). Há ainda uma relação de 149 itens que desapareceram. No Congresso, os maiores valores informados dizem respeito à restauração de obras de arte e históricas danificadas pelos vândalos.

No Senado, a despesa mais alta diz respeito à restauração da pintura a óleo do século 19 que representa o “Ato de Assinatura da Primeira Constituição”. A obra é emoldurada em jacarandá maciço, folheado a ouro, e a sua restauração completa está estimada em R$ 800 mil.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) já denunciou 1.390 bolsonaristas pelos ataques terroristas na praça dos Três Poderes. Desses, o STF já aceitou a denúncia contra 1.290, o que os levou à condição de réus. O caso também motivou a instalação de uma CPMI no Congresso Nacional.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

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