quarta-feira, 21 de junho de 2023

Zanin sinaliza em sabatina que pode não se declarar impedido em ações da Lava Jato no STF

 Indicado ao STF disse não acreditar que uma mera "etiqueta" de Lava Jato em um processo seja um critério jurídico suficiente para determinar seu impedimento

Cristiano Zanin 21/6/23 (Foto: Divulgação/Senado Federal)

O advogado Cristiano Zanin, indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), sinalizou nesta quarta-feira durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado que pode não se declarar impedido de analisar casos ligados à operação Lava Jato que chegarem ao STF, uma vez que tenha sua nomeação confirmada para a corte.

Na sabatina, Zanin, que advogou para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos processos da Lava Jato e foi um crítico público da operação, disse não acreditar que uma mera "etiqueta" de Lava Jato em um processo seja um critério jurídico suficiente para determinar seu impedimento de julgar o caso como ministro do Supremo.

"Não acredito que o simples fato de colocar uma etiqueta, indicar o nome Lava Jato, pode ser um critério jurídico para aquilatar (determinar) a suspeição ou o impedimento", afirmou ele. Zanin ressaltou que o controle sobre um eventual impedimento deve ser feito com base no que está previsto em lei e que há regras objetivas referente ao tema.

As falas de Zanin foram uma resposta ao ex-juiz suspeito e hoje senador, Sergio Moro (União-PR), principal juiz responsável pela Lava Jato em Curitiba e que condenou sem provas Lula em primeira instância, abrindo caminho para a condenação em segunda instância e consequente prisão do agora presidente por 580 dias e sua inelegibilidade na eleição de 2018. (Com informações da Reuters). 

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