Ex-ministro afirma que a “juventude” do advogado “representa saudável renovação” e contribuirá “enormemente para o enriquecimento da jurisprudência de nossa Corte Suprema”
O ministro aposentado e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello defendeu, em um artigo no jornal O Estado de S. Paulo, a nomeação do advogado Cristiano Zanin para uma vaga na Corte. Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a vaga aberta com a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski, Zanin será sabatinado pelos integrantes da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal nesta quarta-feira (21).
Segundo ele, Zanin preenche ‘todos os atributos constitucionais que legitimam sua nomeação” e o fato de ser jovem, com apenas 47 anos, “além de representar saudável renovação dos quadros do Supremo Tribunal Federal, também constituirá fator impregnado de grande importância, pois permitirá que ele, com seu saber de experiência feito, contribua enormemente, e com significativo impacto positivo, para o enriquecimento da jurisprudência de nossa Corte Suprema”.
“Na história do STF, tivemos grandes juízes que foram nomeados com a idade mínima (ou pouco mais) exigida pela Constituição (35 anos). Refiro-me, por exemplo, a Alberto Torres, nomeado com 35 anos de idade, em 1901, pelo presidente Campos Salles, e a Epitácio Pessoa, investido também pelo presidente Campos Salles, em 1902, no cargo de ministro da Suprema Corte, com apenas 36 anos de idade”, destaca Celso de Mello no texto.
O ex-presidente do STF observa, ainda, que “foi o ministro da Justiça, Milton Campos, grande e respeitável político brasileiro, quem, certa vez indagado pelo marechal Castello Branco, então presidente da República, preocupado com a pouca idade de um candidato a Tribunal Superior da União, respondeu, com sabedoria, que a juventude era um problema que só se corrigia pela fluência do tempo”.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo
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