O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu ir ao Congresso durante a sabatina de Cristiano Zanin para o Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (21), apesar dos conselhos que recebeu da cúpula do PL para se manter em silêncio até o julgamento que pode torná-lo inelegível. As informações são da coluna de Bela Megale, no jornal O Globo.
Na terça-feira (20), Valdemar Costa Netto, presidente do PL, e o ex-ministro Walter Braga Netto, que foi candidato a vice na chapa de Bolsonaro nas eleições do ano passado, tentaram convencer o ex-presidente a desistir, mas ele não seguiu as recomendações.
Na terça-feira (20), Valdemar Costa Netto, presidente do PL, e o ex-ministro Walter Braga Netto, que foi candidato a vice na chapa de Bolsonaro nas eleições do ano passado, tentaram convencer o ex-presidente a desistir, mas ele não seguiu as recomendações.
Eles avaliam que as falas do ex-presidente direcionadas a ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que julga a ação que pode levá-lo a ficar inelegível a partir de quinta-feira (22), foram “desastrosas”.
A leitura é que Bolsonaro foi “arrogante” e quis “ensinar” os magistrados a fazer seu trabalho ao dizer que “será péssimo para a democracia se eu for julgado de forma diferente como foi a chapa Dilma-Temer em 2017” e que a “jurisprudência não pode mudar”.
“Eu tenho certeza que até o Benedito [Gonçalves], ministro do STJ [Superior Tribunal de Justiça], agora integrante como relator do TSE, vai mudar seu voto. O senhor Benedito é uma pessoa de coerência”, disse Bolsonaro ao se referir ao relator da ação que pode decidir seu futuro político.
Além das críticas ao TSE, o ex-presidente também falou sobre seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, que, segundo Bolsonaro, deveria estar solto. A declaração também foi considerada como um “erro” pelo PL.
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