sábado, 24 de junho de 2023

Secretário municipal admite uso de senha de enfermeira para excluir dados do SUS sobre vacina falsa de Bolsonaro

 Segundo João Carlos de Sousa Brecha, embora as inserções indevidas tenham sido registradas em seu nome, isso não significa que ele pessoalmente inseriu as informações no sistema

Jair Bolsonaro e vacina contra Covid-19 (Foto: REUTERS/Marco Bello | Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

No pedido de revogação de sua prisão preventiva apresentado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), João Carlos de Sousa Brecha, secretário de Governo de Duque de Caxias (RJ), admitiu ter utilizado a senha de uma enfermeira para remover dados falsos de vacinação de Jair Bolsonaro (PL) e de sua filha, Laura, do sistema do Ministério da Saúde. A informação foi revelada pela Polícia Federal, que identificou Brecha como responsável por inserir o registro falso de imunização contra a Covid-19. O jornal O Globo divulgou as informações.

Brecha alega que Duque de Caxias registrou baixos índices de cobertura vacinal durante a pandemia e estava recebendo questionamentos da Defensoria Pública. Ele afirma que, devido à urgência de inserir os dados no sistema, foi realizado um mutirão em que houve compartilhamento de logins e senhas de acesso. Segundo o secretário, embora as inserções indevidas tenham sido registradas em seu nome, isso não significa que ele pessoalmente inseriu as informações no sistema. 

Brecha admite ter participado da exclusão dos dados de vacinação do ex-ocupante do Palácio do Planalto e de sua filha, que ocorreu em 27 de dezembro do ano passado. No pedido feito ao STF, Brecha afirma que tomou essa medida após uma análise interna dos dados do sistema, que revelou a presença dos nomes de ambos na lista, "sendo um fato público e notório que eles não se vacinaram naquele município".

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo


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