quarta-feira, 28 de junho de 2023

Se houver pedido de vista, ministros do TSE anteciparão votos para definir inelegibilidade de Bolsonaro

 Decisão de antecipar votos foi tomada após ministro relator apontar abuso do poder econômico e tentativas de golpe

Ministro do TSE Benedito Gonçalves (Foto: Reprodução/TV 247)

A sessão desta quarta-feira (28) do julgamento de Jair Bolsonaro pode ter um clima pesado caso haja pedido de vistas, informa a jornalista Miriam Leitão, colunista de O Globo. De acordo com fontes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), diferentemente do habitual, a expectativa é que os demais ministros não esperarão o voto do solicitante e anteciparão seus votos, com resultado predefinido.

Ainda de acordo com a reportagem, o ministro relator, Benedito Gonçalves, “apontou cada problema do evento com os embaixadores, mostrou o tentativa de golpe, o uso das Forças Armadas. Ao desmontar a tese da defesa, o ministro relembrou e detalhou todo o movimento golpista do ex-presidente para tentar causar caos no processo eleitoral. Disse que Bolsonaro violou seus deveres de presidente da República, especialmente zelar pelo exercício livre dos poderes, e assumiu uma antagonização injustificada ao TSE”, destaca o texto.

Durante seu voto, o ministro relembrou e detalhou todo o movimento golpista de Bolsonaro, evidenciando sua violação dos deveres presidenciais de zelar pelo exercício livre dos poderes e sua antagonização injustificada em relação ao TSE. O relator destacou que Bolsonaro seguiu mentiras sobre a governança eleitoral brasileira aos embaixadores, distorceu o significado do convite às Forças Armadas na comissão de transparência e proferiu ameaças veladas de desrespeito à Constituição diante da rejeição da proposta do voto impresso. Ao final, Benedito Gonçalves votou favoravelmente à inelegibilidade do ex-presidente por oito anos.

A sessão do julgamento retornará na quinta-feira (29) de manhã, quando o ministro Raul Araújo também apresentará seu voto. Ele indicou que não solicitará vistas, uma vez que optou por não se pronunciar na terça-feira (27).

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna da jornalista Miriam Leitão no jornal O Globo

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