"Se enganam aqueles que pensam que o governo vai fazer mais ou menos porque tem problemas ou não com o agronegócio”, declarou o presidente
O presidente Lula (PT) participou nesta terça-feira (27) de cerimônia de lançamento do Plano Safra 2023/2024, o plano de financiamento da agricultura e da pecuária empresarial no país. Os recursos da ordem de R$ 364,22 bilhões serão destinados a apoiar a produção agropecuária nacional de médios e grandes produtores rurais até junho de 2024.
Durante o anúncio, Lula voltou a rebater as acusações de incompatibilidade entre seu governo e o agronegócio brasileiro, que em boa parte apoiou o governo Jair Bolsonaro (PL). “Hoje é dia 27 de junho de 2023. É o primeiro Plano Safra do nosso governo. E como os outros, de 2003 a 2015, com a Dilma Rousseff, não tenho medo de dizer para vocês: todos os anos a gente vai fazer planos melhores que no ano anterior. Se enganam aqueles que pensam que o governo pensa ideologicamente quando vai tratar de um Plano Safra. Se enganam aqueles que pensam que o governo vai fazer mais ou vai fazer menos porque tem problemas ou não com o agronegócio brasileiro. A cabeça de um governo responsável não age assim. A cabeça de um governo responsável não tem a pequenez de ficar insultando e insuflando o ódio entre as pessoas. Esse país só vai dar certo se todo mundo ganhar”.
Mais adiante, o presidente voltou a defender a ideia de criar uma “prateleira” de terras disponíveis para produção rural, a fim de evitar ocupações de terras por movimentos sociais. “Nós não precisamos desmatar nada para criar mais gado, para plantar mais soja. Nós temos possibilidade de recuperar milhões de hectares de terras degradadas que esse país tem. Aliás, nós não precisamos sequer ter mais invasão de terras nesse país. O governo brasileiro, através do Incra, e os estados, através das suas secretarias e institutos de terra, podem fazer um levantamento de todas as terras devolutas e improdutivas e a gente ter uma prateleira de terras para poder trazer quem quer trabalhar. Não precisa alguém invadir para depois a gente ficar em um processo de três ou quatro anos para descobrir que a terra é improdutiva. Vamos ver antes. O governo pode ter uma prateleira”.
Fonte: Brasil 247
Nenhum comentário:
Postar um comentário