segunda-feira, 19 de junho de 2023

'Realmente, os indícios de golpe foram fortes', diz presidente do Superior Tribunal Militar (vídeo)

 Declaração de Joseli Camelo foi feita na esteira da divulgação dos diálogos com instruções para um golpe encontrados no celular de Mauro Cid, ex-braço-direito de Jair Bolsonaro

Ministro Francisco Joseli Parente Camelo foi eleito presidente do STM (Foto: Divulgação/STM)

O presidente do Supremo Tribunal Militar (STM), tenente-brigadeiro do ar Joseli Parente Camelo, afirmou que os documentos encontrados no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), contendo instruções para um possível golpe de Estado, são ‘fortes indícios’ de que houve um planejamento para tentar impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva visando implantar um regime militar no Brasil. 

“Realmente, os indícios de [planejamento de] golpe (...) foram fortes, mas temos que dar a oportunidade de todas as pessoas se defenderem”, disse Camelo em entrevista ao programa Estúdio i, exibido pela GloboNews, nesta segunda-feira (19). Ainda segundo ele, "tratar de golpe, de ir contra a democracia" é um fato "grave".

Na entrevista, o presidente do STM  também afirmou que a participação de militares da ativa na política "é muito prejudicial", mas disse considerar “muito salutar que um militar queira ser candidato", e que, neste caso, o possível candidato deveria se afastar das Forças Armadas para ingressar na carreira política. "Não tem esse negócio de ‘eu vou ser candidato. Se eu perder, eu volto’. Não pode", afirmou.

Para ele, a participação de militares na política foi incentivada por Jair Bolsonaro (PL) e que isso “não foi bom, pois acabou, de certa forma, levando um certo contágio para aqueles militares que estavam na ativa em suas atividades". 

Fonte: Brasil 247

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