Polícia Federal e Controladoria-Geral da União investigam repasses a prefeituras feitos por meio do orçamento secreto do governo Bolsonaro
A Polícia Federal (PF) ampliou a investigação de desfalques de recursos do Ministério da Saúde durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), beneficiando membros do Centrão, para vários estados. A apuração concentra-se na forma mais significativa de alocação de recursos do chamado orçamento secreto, como ficaram conhecidas as chamadas emendas de relator, utilizadas pelo governo Bolsonaro para cooptar o apoio de parlamentares no Congresso Nacional.
Segundo a coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, “no Maranhão, onde no ano passado foi deflagrada uma operação para apurar os desvios, foi descoberto um esquema de falsificação de dados das prefeituras para aumentar artificialmente o teto de recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) que deputados e senadores podiam indicar.
Com isso, prefeituras passaram a, sob indicação do Congresso, receber recursos milionários de que não precisavam. O Ministério da Saúde identificou essa irregularidade em municípios de vários estados”.
Ainda conforme a reportagem, as evidências compiladas pelo ministério, que podem implicar diversos proeminentes representantes do Congresso Nacional responsáveis pelas indicações, estão agora nas mãos da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU), que também está conduzindo uma investigação sobre o assunto.
O Ministério da Saúde liberou aproximadamente R$ 18 bilhões do orçamento secreto entre 2020 e 2022. Desse montante, R$ 13,6 bilhões foram transferidos diretamente para as prefeituras por indicação de parlamentares.
Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Guilherme Amado no Metrópoles
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