sexta-feira, 23 de junho de 2023

Mundo verá aumento "alarmante" de diabetes até 2050, diz estudo

 A maioria dos casos é de diabetes tipo 2, a forma da doença ligada à obesidade



LONDRES (Reuters) - Todos os países do mundo verão as taxas de diabetes aumentarem nos próximos 30 anos se nenhuma ação for tomada, indica um novo estudo global.

Atualmente, existem 529 milhões de pessoas no mundo com diabetes, segundo o estudo liderado por pesquisadores do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington. Pesquisadores projetaram que o número mais do que dobrará, para cerca de 1,3 bilhão de pessoas, até 2050.

A maioria dos casos é de diabetes tipo 2, a forma da doença ligada à obesidade e amplamente evitável, disseram os pesquisadores.

O aumento da prevalência globalmente não é uniforme: alguns países e regiões são particularmente atingidos. Por exemplo, espera-se que as taxas de prevalência cheguem a 16,8% no norte da África e Oriente Médio e 11,3% na América Latina e Caribe até 2050, em comparação com uma estimativa de 9,8% globalmente. Atualmente, a prevalência é de 6,1%. Mas todos os países serão afetados, disseram os pesquisadores.

"A rápida taxa de crescimento do diabetes não é apenas alarmante, mas também desafiadora para todos os sistemas de saúde do mundo", disse Liane Ong, principal autora do artigo, apontando que a condição está ligada a várias outras condições cardiovasculares, como doenças cardíacas e derrames.

O número crescente de pessoas com diabetes é impulsionado em parte pelo aumento da obesidade e em parte por mudanças demográficas: a prevalência é maior entre os adultos mais velhos, mostrou o estudo. Os dados de 204 países não levam em conta o impacto da pandemia de Covid-19, porque esses números ainda não estavam disponíveis, disseram os pesquisadores.

O estudo, financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates, faz parte de uma série mais ampla sobre diabetes publicada nesta quinta-feira na revista médica The Lancet. A série pede estratégias de mitigação mais eficazes e uma consciência da desigualdade, com a maioria dos pacientes com diabetes vivendo em países de baixa e média renda e sem acesso ao tratamento adequado.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

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