sexta-feira, 23 de junho de 2023

"Modelo de Moro e Dallagnol dá nojo", diz Gilmar Mendes ao defender juiz de garantias

 "O que se está se oferecendo ao Brasil é a chance de uma fuga para frente”, definiu o ministro do STF

(Foto: ABr | Senado)

Ao comentar a discussão no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o sistema de juiz de garantias, o ministro da Corte Gilmar Mendes voltou a fazer críticas contundentes à Lava Jato e a dois de seus principais nomes: o ex-juiz parcial e hoje senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e o ex-procurador e deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR).

"Acho que houve uma paixão por um segmento aí da magistratura em relação a esse tema, paixão que tem até a ver com uma certa memória. Veja que quem ficou contra o juiz de garantias foi o Moro, uma certa homenagem à Lava Jato. Mas fazer homenagem à Lava Jato agora está meio esquisito, meio estranho. Alguém ainda se filia a essa corrente depois de tudo que se revelou na Vaza Jato? Alguém ainda é capaz? O que se está se oferecendo ao Brasil é a chance de uma fuga para frente, de não repetir mais esse modelo. Esse modelo de Moro, Dallagnol, força-tarefa e Bretas dá asco, dá nojo. Alguém é capaz de subscrever isso? Alguém quer dizer ‘eu compartilho disso, esse é um bom modelo’?”, questionou o ministro durante entrevista nesta sexta-feira (23) aos jornalistas Carla Araújo e Tales Faria, do UOL.

Perguntado sobre a possibilidade de cassação do mandato de senador de Moro, Gilmar Mendes preferiu o silêncio: "vamos aguardar. O futuro a Deus pertence”

Na sequência, o ministro ironizou o episódio em que Dallagnol contou ter recebido diversas transferências bancárias de 'agentes de Deus'. “O Brasil produziu esses combatentes da corrupção que gostam imensamente de dinheiro. Esse é um dado curioso. Veja que o Dallagnol inclusive viaja para o exterior e diz que viajando no avião começou a receber pix. É um novo fenômeno da espiritualidade com o dinheiro”.

Fonte: Brasil 247

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