O presidente da Câmara tem articulado nos bastidores para que Lula troque Nísia por alguém de seu grupo político
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou a importância da ministra da Saúde, Nísia Trindade, à frente da pasta em declaração nesta quarta-feira (7), durante a cerimônia de relançamento do programa Farmácia Popular. Lula destacou as qualidades técnicas da ministra e como sua experiência tem contribuído de maneira decisiva para o desenvolvimento de uma área tão desprezada durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
“Por isso, Nísia, eu queria te dar os parabéns. A Nísia não é médica, ela é cientista política, socióloga. E ela veio trabalhar na Saúde como ministra porque a experiência dela como presidenta da Fiocruz foi excepcional, e eu precisava de alguém, mais do que médico, que tivesse a sensibilidade de saber como é que vive o povo mais humilde. E por que eu escolhi uma mulher? Porque a mulher sabe tratar dos problemas com muito mais coragem, com muito mais dignidade do que o homem”, pontuou o presidente.
A fala de Lula acontece em meio a uma disputa pelo Ministério da Saúde. De um lado, os governistas defendem que a pasta não deve ser negociada com o Centrão, e do outro lado o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pleiteia o comando do ministério para o seu partido, alegando que a sigla comandou a área em governos anteriores e que o presidente precisa abrir espaço na Esplanada em nome da governabilidade.
“O Ministério da Saúde não deve estar elencado como objeto de negociação. É uma área fundamental para o governo Lula ter respaldo da sociedade. O governo precisa compor uma frente ampla, mas o SUS não pode fazer parte dessas tratativas. Sobretudo após o que passamos na pandemia”, ponderou Jandira Feghali (PCdoB) em entrevista a Paulo Cappelli, do Metrópoles.
“A Nísia Trindade é uma grande ministra. Seria muito ruim tirar uma ministra com a capacidade e competência dela. Se tiver que mexer em algum ministério, teria que se discutir os ministérios comandados pelo União Brasil”, disse o deputado Lindbergh Farias (PT).
Fonte: Brasil 247 com Paulo Cappelli do Metrópoles
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